A Casa do Rio
de Manuel Rui
Começaram a almoçar e Antero recontou à mais-velha a sua saída, obrigado e mandado pelo administrador do Posto do Chipindo e ainda ela quis saber da vida no Puto, que ainda tinham lá um parente nas obras que mandara uma carta em mãos, a falar que viria de férias. Antero quase não ouvia nada e, nas piadas, exagerava no riso para, de cabeça baixa, sentir as lágrimas a misturarem-se nos lábios com a comida que nem saboreava. Era melhor não avançar nada sobre a casa, tanto mais que não seria ali o lugar, bem altaneiro, e a casa era numa baixa, sopé das serras. Mas, para não esquecer, adiantava entregar o recado ao irmão e só depois de almoçados, aí sim, a factura para a motorizada. «Paquito. Guarda esse bilhete no bolso. É dos teus sobrinhos.» «Já foi há muito tempo, mas soube que o mano Gandi morreu. Mas também sei que a madrinha, a mãe, está viva, mas o mano não trouxe fotografias dos meus sobrinhos?» «Não trouxe, desculpa foi tudo à pressa e ainda graças ao primo Juca. Nem hoje. Há tempo para te contar como vim parar aqui. Quer dizer, tinha que vir. Mas vou-te mandar as fotos que não vamos perder mais o contacto.»
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789722118941 |
Editor: | Editorial Caminho |
Data de Lançamento: | agosto de 2007 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 208 x 136 x 31 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 340 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Outras Margens |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722118941 |