77 Oníricas Livro
Edição bilingue
de John Berryman; Tradução: Daniel Jonas
Prémio Pulitzer de Poesia
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Sobre
o Livro
Sinopse
Nome cimeiro da poesia americana
e ocidental, Berryman traduzido
pela primeira vez em português.
Tradução de Daniel Jonas, poeta e tradutor de
Paraíso Perdido, de John Milton, e de autores
como Shakespeare, Pirandello, Edward
St. Aubyn e Huysmans.
Críticas de imprensa
«As Oníricas, na minha opinião, não propõem um novo
sistema. Mas quanto a criarem um mundo próprio, essa já é
uma questão difícil. Tomemos por exemplo a relação entre
mim e o Henry [personagem dos poemas]. Obviamente, o
Henry é e não é eu. Tocamo-nos em certos pontos. Mas eu
sou um verdadeiro ser humano; ele é apenas uma série de
concepções – as minhas concepções. Eu lavo os dentes; ele,
a não ser que eu o diga ao longo do poema, não. Ele só faz
o que eu mando. Se eu consegui torná-lo verosímil, então
ele executa todo o tipo de acções que não estão explícitas no
poema. Porém, o leitor terá de imaginá-las. Isso é um mundo,
mas não é um sistema religioso ou filosófico.»
—John Berryman, em entrevista à Paris Review
—John Berryman, em entrevista à Paris Review
Excertos
O tempo estava bom. Levaram-lhe os dentes,
brancos & úteis; crisparam-lhe as costas da mão;
partiram-lhe o cabelo verde ao meio.
Bufaram-lhe amores, interesses. "Por baixo,"
(clamaram com vozes de ferro) "vê se entendes,
não há nada. Aí tens."
O tempo estava muito bom. Destaparam-no
até ficar-se a ver, e aninhou-se & pediu
pra ver menos dele.
Instalaram espelhos até flutuar. "Basta"
(murmuraram) "se Nos quiseres ver tu,
quem sabe não te salves. Sim."
O tempo floriu. Afrouxaram-lhe os olhos todos,
e polegares em fogo nos ouvidos, e apertaram-lhe
a mão como um malhete.
Atiraram-lhe longos silêncios. (Mal pousado!)
Lixaram-lhe a esperança mais roliça. (Tão virar de quilha.)
Levaram-lhe a virilha.
brancos & úteis; crisparam-lhe as costas da mão;
partiram-lhe o cabelo verde ao meio.
Bufaram-lhe amores, interesses. "Por baixo,"
(clamaram com vozes de ferro) "vê se entendes,
não há nada. Aí tens."
O tempo estava muito bom. Destaparam-no
até ficar-se a ver, e aninhou-se & pediu
pra ver menos dele.
Instalaram espelhos até flutuar. "Basta"
(murmuraram) "se Nos quiseres ver tu,
quem sabe não te salves. Sim."
O tempo floriu. Afrouxaram-lhe os olhos todos,
e polegares em fogo nos ouvidos, e apertaram-lhe
a mão como um malhete.
Atiraram-lhe longos silêncios. (Mal pousado!)
Lixaram-lhe a esperança mais roliça. (Tão virar de quilha.)
Levaram-lhe a virilha.
Detalhes
do Produto77 Oníricas
ISBN: 9789896712426
Edição: 12-2014
Editor: Tinta da China
Idioma:
Português
Dimensões: 146 x 198 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 176
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática:
Livros em Português
> Literatura
> Poesia