O Fim Da Solidão eBook
de Benedict Wells
Sobre
o LivroJules Moreau tem onze anos quando os pais morrem num acidente de carro. Nessa noite, a sua infância termina. Segue-se a ida para um colégio interno, juntamente com os dois irmãos mais velhos. Pouco a pouco, os laços que os unem quebram-se. Jules isola-se, alimentando-se das suas memórias; Marty refugia-se ferozmente nos estudos; e Liz procura todas as formas de evasão possíveis para preencher o vazio.
O único consolo do protagonista advém dos momentos que passa na companhia de uma menina ruiva chamada Alva. As duas crianças lêem, ouvem música, partilham o silêncio das tardes no colégio. E nunca falam sobre si mesmas.
Quinze anos mais tarde, os irmãos afastaram-se irremediavelmente uns dos outros. Jules, que continua a reviver o passado interrompido, apenas encontra alento no sonho de se tornar escritor e na ânsia de reencontrar Alva. E quando, por uma vez, tudo parece subitamente possível, uma força invisível - talvez o destino - volta a intervir.
O fim da história de Jules está ainda por acontecer.
Opinião
dos leitoresDetalhes
do ProdutoeBooks em Português > Literatura > Ficção
Este livro comprei-o pela história da sinopse, e não me arrependi, uma história de tragédias, Jules, Marty e Liz são irmãos que perdem os pais, e se achamos que a tragédia os aproxima, não, todo o contrário, afastam-se mais e mais. Jules encontra em Alva a sua outra metade. Uma história de perdas, mas de esperança, solidão e amizade.
Este livro foi-me recomendado e não desiludiu. Muito bem escrito, muito assertivo, muito poetico. Lindo..
Um livro comovente, que nos deixa a pensar na força da amizade e na importância da infância e se somos alguma vez capazes de abandonar o que lá vivemos.
Um livro bonito, interessante q.b., comercial q.b. e pouco mais. Talvez pela auréola que trazia - Prémio da Literatura da União Europeia - esperava melhor.
Um romance terno que me tocou do princípio ao fim. Benedict Well limitou-se a escrever sobre a vida como ela é, sem exageros ou lamentos e apenas delineou personagens com profundidade, que me deixaram a suspirar por mais. Alva e Jules são inesquecíveis.
Não sou muito boa nisto de escrever críticas a livros, embora seja muito boa a devorá-los. Na verdade, acho sempre que quando adoro um livro a minha crítica não lhe fará justiça. Em todo o caso, este é um livro que não se esquece. Que se recomenda. Que se relê. Com traços de humor. De uma natureza crua, despretensiosa, onde se sente que cada palavra foi cuidada. Foi lida, pensada e sentida. Não me admira que seja uma catarse do autor. Tem frases onde paramos e reflectimos. Tem tanto em que somos nós. Tem tanto de triste, quanto de bonito e faz-nos querer abraçá-lo quando termina. Uma história que nada traz de novo ou surpreendente, mas que pela sua generalidade nos toca a todos. E não é preciso suspense ou espanto para que se torne genial. Com ou sem pais. Com ou sem o amor das nossas vidas, todos já nos sentimos sós. Já fomos sós. E já vivemos agarrados a recordações que reconstruímos e revivemos como se fossemos eternas crianças. Adorei.