«Chegou o tempo dos fantasmas»
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Poemas éditos e inéditos, uma escrita atentíssima à pulsação caótica do mundo.
vê-se daqui
um edifício alto batido pelo Sol
a única árvore da rua
a macieira inacessível naquele vazio
entre casas
depois do muro
o recreio de uma escola onde
já se sabe
nada de bom se ensinará
uma loja falida
uma padaria encerrada
a florista de plástico
e na drogaria do maneta uma mão
lava a mesma
vejo-me reflectido no vidro
diáfano defectível:
chegou o tempo dos fantasmas
um edifício alto batido pelo Sol
a única árvore da rua
a macieira inacessível naquele vazio
entre casas
depois do muro
o recreio de uma escola onde
já se sabe
nada de bom se ensinará
uma loja falida
uma padaria encerrada
a florista de plástico
e na drogaria do maneta uma mão
lava a mesma
vejo-me reflectido no vidro
diáfano defectível:
chegou o tempo dos fantasmas