Pesquisa

A atividade principal da neuropsicologia consiste na avaliação dos problemas que sofrem os doentes de Alzheimer, Parkinson, problemas de memória na sequência de traumatismos cranianos, etc.

Esta prática, apesar da panóplia de ferramentas ao dispor dos neuropsicólogos, é muito complexa dado que imensas variáveis podem influenciar os resultados dos testes e tornar a sua interpretação difícil: idade, género, nível de estudos, estado psicoafectivo, regime alimentar, medicamentação, património genético.

Uma rara obra coletiva sobre a neurociência e cognição que reúne investigadores de renome internacional. Este livro faz um balanço das bases neurológicas das funções cognitivas superiores, como: linguagem, memória, aprendizagem, atenção e raciocínio. Apresenta, de forma clara, os novos avanços na neurociência cognitiva, úteis nas ciências da educação, particularmente em conexão com as dificuldades de aprendizagem. Oferece, igualmente, uma riquíssima reflexão sobre a necessidade, a dificuldade e os perigos da colaboração entre neurociências, ciências cognitivas e ciências da educação.

O livro está estruturado em três partes: a primeira aborda as questões da neuroanatomia funcional e os neuromitos. A segunda apresenta os fundamentos das funções cognitivas e muito solicitadas no ambiente escolar, nomeadamente os diferentes tipos de memórias e processos da atenção, bem como alguns aspetos do desenvolvimento infantil e adolescente. A terceira parte incide sobre as áreas da aprendizagem, as suas dificuldades e algumas vias de intervenção.

Um livro de leitura obrigatória para estudantes e profissionais da Educação e da Psicologia bem como para todos os que se interessam sobre o tema.

Positivas ou negativa, as emoções ocupam um lugar muito importante na nossa vida quotidiana. Desde que não sejam controladas, as emoções podem poluir a nossa experiência. Para nos ajudar a viver melhor, este livro propõe uma verdadeira enciclopédia prática das emoções. Convida-nos a identificá-las, a atravessá-las e a utilizá-las de forma consciente.

Esta obra, sintética e eficaz, coloca à nossa disposição meios adaptados para não sofrermos com o que nos acontece: - Um completo dicionário emocional - Uma caixa de ferramentas simples e variadas - Numerosos exercícios práticos.

Uma abordagem científica e clínica da timia e das suas disfunções, nas suas múltiplas dimensões: psicológica, neurocientífica, psiquiátrica. Seja na vida profissional ou na vida privada, os conceitos utilizados para descrever os estados afetivos são múltiplos: humor, emoção, esgotamento, depressão, bipolaridade.

Os autores deste livro distinguem esses conceitos e discutem os aspetos teóricos e práticos do humor normal e do humor patológico. Apresentam tanto as determinantes do humor (exercício físico, personalidade, sono, trauma, etc.) quanto as suas consequências (vícios, motivação e esforço, movimentos oculares, perceção do tempo, seleção de informações, risco de suicídio, etc.).

Os autores também fazem um balanço dos vários métodos usados ¿¿para avaliar o humor e gerir as suas patologias: análises de concentrações hormonais e atividade cardíaca, imagem e estimulação cerebral, farmacologia, psicoterapia, testes neuropsicológicos ou olfativos, video-oculografia… o caráter interdisciplinar da obra está associado a uma multiplicidade de níveis de análise (cerebral, comportamental, experiencial, molecular) que constituem outras tantas perspetivas para a compreensão e transformação deste complexo processo.

Na reserva natural do monte Elgon, na fronteira entre o Quénia e o Uganda, os elefantes seguem em procissão, regularmente, até ao fundo das profundas galerias sob a montanha. A sua finalidade é encontrar sal, sal que eles arrancam das paredes rochosas e comem de seguida. Estas galerias foram escavadas pelos próprios elefantes desde há centenas de anos.Muitas espécies herbívoras sentem a necessidade de consumir sal. Esta necessidade advém da queda do nível de sódio no sangue. Transmitida ao cérebro, através de recetores internos (que Derek Denton chama de "intero-cetores"), esta reação fisiológica transforma-se numa "emoção primordial": o desejo do sal. De forma inversa, se os níveis de sódio aumentam, a informação transmite-se ao cérebro sob a forma de um outro sentimento subjetivo: a sede. O desejo de sal ou a vontade de beber, dois exemplos de emoções primordiais que vão servir ao autor para descrever um mecanismo fundamental da evolução: a emergência da consciência. Para Denton, as emoções primordiais (sede, dor, desejo sexual) são sinais que o corpo envia ao cérebro. Formam a base de uma "consciência primária" que corresponde ao facto de sentir subjetivamente uma falta. Serão sentidas por todo um conjunto de animais? Aves, mamíferos e até répteis? As emoções primordiais conduzem-nos a agir "intencionalmente", com o objetivo de procurar a água, o sal, o parceiro sexual de que sentem falta. Será esta ação verdadeiramente intencional, no sentido filosófico? Porque o animal não se limita a reagir a um estímulo exterior que se apresenta sob o seu olhar. Ele procura um objeto ausente, um ponto de água, uma mina, um parceiro. Para tal, realiza por vezes longas caminhadas, como fazem os elefantes de Elgon.Para além dos elefantes, neste livro, estão em questão répteis, peixes, aves, mamíferos e, indiretamente, os humanos, uma vez que somos também animais e que a nossa consciência, evoluída, encontra as raízes no nosso passado evolutivo.Esta conceção demarca-se nitidamente das outras suas contemporâneas, nomeadamente das de Gerald Edelman: para Denton, é a emoção que está na origem da consciência, desde os primeiros estádios da vida animal. Discutindo as teses de António Damásio, o autor considera que estas emoções primordiais desempenham um papel primordial nos estados de consciência - desde a sede ao sentimento amoroso ou à emoção sentida perante uma obra de arte. Sendo assim, o fundamento da diversidade dos sentimentos e das emoções ditas humanas.

A elaboração de uma nova lógica do ser vivo, de acordo com os princípios da cibernética, que põe em causa a omnipotência concedida aos genes. Denunciando as falsificações, inconscientes ou voluntárias, que credibilizaram, durante mais de cem anos, o pensamento de Darwin, esta obra de grande fascínio preconiza o abandono da «teoria sintética da evolução».
Rosine Chandebois empreende uma investigação dos mecanismos evolutivos. A sua análise apoia-se nos factos científicos no seu conjunto, tendo em conta, nomeadamente, um grande número de obras postas de lado pelos darwinistas. Uma obra imprescindível para uma outra perspectiva sobre a vida e a sua evolução.

João Tojal é, hoje, uma das vozes mais respeitadas da Educação Física brasileira e um intelectual que muito tem lutado por um novo paradigma na área do conhecimento em que se especializou. O Brasil, como país que conscientemente procura o futuro, à luz das novas aquisições das humanidades, das artes, das ciências e da política, tem em João Tojal um anunciador da Motricidade Humana, ultrapassando assim uma Educação Física subjugada ao modelo antropológico racionalista.

Para que a Psicologia chegue ao nosso presente é necessária a mobilização de todas as faculdades e técnicas orientadas para o decifrar da natureza e funcionamento da realidade; é necessário usar o pensamento crítico, manter-se o investimento na investigação que, a partir da pluralidade, contrarie o conforto castrador e suicida da ignorância em relação aos fenómenos associados à natureza, à aprendizagem e ao desenvolvimento; é necessária a publicação com abertura à dimensão universal, conhecimento partilhado que liberta de todas as formas de subjugação e eleva a condição da Humanidade.

Este é um Livro diferente, na forma e nos conteúdos, uma obra que apre­senta a Psicologia a partir da sua una-pluralidade e da marca Piaget de Angola.

Esta obra tem por objectivo desenhar um panorama da psicologia social. Delimitando, primeiramente, os contornos desta disciplina, relembra os primórdios da psicologia social experimental. Diversas grandes questões são, de seguida, desenvolvidas como o grupo, as relações interpessoais, as relações intra e intergrupo, a influência social, o conceito de atitude, o mecanismo das atribuições.

O último capítulo é consagrado às aplicações da psicologia social nos domínios da saúde, da justiça ou, ainda, da formação profissional. Concebido para estudantes de ciências humanas, este manual destina-se, também, aos profissionais desta mesma área.

A perspetiva que aqui elegemos para tratar o conhecimento patológico não se submete a desígnios de forças transcendentes ou a raciocínios abstratos especulativos, que não sejam as relações que os próprios homens estabelecem uns com os outros no âmbito dos sistemas sociais a que pertencem. Assim, o conhecimento patológico é neste trabalho examinado como resultado expressivo da manipulação discursiva, já que comunicação e conhecimento se interinfluenciam de forma inequívoca. Por efeito de acumulação, o conhecimento patológico modifica as perceções do mundo e da vida humana e social e estas, por sua vez, alteram a ação dos indivíduos no mundo. Desta forma, desvirtuar o conhecimento da realidade, velha subtileza humana para coagir outros a percorrer intencionais caminhos de alguns poucos, tem como corolário impelir os outros a adotar aquilo que eles julgam ser o melhor para as suas vidas. A distorção, a descontextualização, o exagero, a omissão, a fusão de temas e de personagens, a desqualificação, a desconfirmação, a engenharia de factos sociais infundados, o excesso de informação que distrai ou provoca o ruído, o levantamento de suspeitas ou a difamação em momentos precisos e outros tantos mecanismos do género são presentemente o paradigma que norteia o quotidiano das sociedades mo-dernas. Como lidar com este monstro, qual leviatã, omnipresente mas invisível que nos aprisiona a mente, os sentimentos e a ação? Cremos que somente pelo permanente exercício da reflexão crítica, do confronto e da comparação de ideias e posições, do ceticismo metódico e da observação cuidada dos dados que nos chegam teremos possibilidade de alcançar a tão desejada liberdade individual e coletiva. Quando a liberdade nos sobrevém pela luz do conhecimento adequado, então somos inundados pelo sentimento de que caminhamos o nosso próprio caminho na busca da verdade!

A palavra tem de ser dada à sociedade civil. As injustiças ou as dificuldades do mundo levam os cidadãos a organizarem-se para construir uma inteligência colectiva. Em que condições podem eles ser competentes e legítimos perante a complexidade contemporânea? Na vida quotidiana, através das nossas emoções e das nossas questões, como facilitar o debate colectivo? Como dar vida a um espaço público local e mundial? Nesta obra são formalizadas quatro inteligências cidadãs a partir das componentes comuns da palavra humana. As competências requeridas pelo exercício da cidadania contemporânea são identificadas ao longo de um trabalho que valoriza inúmeros recursos culturais. A urgência está na educação. Apesar das mobilizações colectivas, as referências democráticas tornam-se demasiado frágeis nas nossas sociedades mediáticas e comerciais. Este livro propõe referências para todos os que têm a seu cargo a formação ou a educação, os que se dedicam à acção política, social e cultural ou que se dedicam às exigências do desenvolvimento colectivo durável.

As radicais mudanças que a ciência sofreu ao longo do século XX provocaram o advento de uma terceira revolução industrial - a das novas tecnologias - que foi que foi acompanhada por um passo em frente na mundialização. A economia do conhecimento resultante dessa revolução provocou que o saber e os recursos cognitivos se situem no próprio centro da actividade humana e na dinâmica social. Significará isto que no século XXI iremos presenciar o desenvolvimento de sociedades do conhecimento partilhado? A fractura digital não deve levar-nos a esquecer que é consequência de uma cisão ainda mais profunda. Hoje em dia, é maior que nunca a fractura cognitiva que separa os países ricos - com grande potencial de investigação e inovação, sistemas educativos e eficazes e centros de conhecimento e de cultura acessíveis a uma grande maioria - das demais nações onde os sistemas educativos são deficientes, as instituições de investigação carecem de recursos e o potencial de conhecimentos se encontra gravemente afectado pela fuga de cérebros. Para além do mais, entre as sociedades do conhecimento mais adiantadas e a dos países ricos que não investem suficientemente na investigação e no saber está a abrir-se uma segunda fractura, que também provoca um êxodo de competências de alguns países do Norte face a outros do mesmo hemisfério. No mundo que surge ante os nossos olhos, a chave para lograr um novo tipo de desenvolvimento, «inteligente», humano e sustentável, será a construção de sociedades que partilhem o conhecimento.

O relatório Mundial da UNESCO apresenta um panorama prospectivo das mudanças que estamos a observar. Serão as novas tecnologias uma panaceia as desigualdades e a exclusão? Como vamos organizar no espaço público democrático o debate sobre questões éticas sem precedentes suscitadas por novos conhecimentos e as novas técnicas como a genética, as biotecnologias? Como se adoptarão as decisões nestes âmbitos? Encontramo-nos na presença de um desenvolvimento das «sociedades da aprendizagem»? Como construir verdadeiras sociedades do conhecimento baseadas na educação para todos ao longo da vida? Que fisionomia terá, nesta perspectiva, o ensino superior do futuro? Na verdade, o caminho que conduz para as sociedades do conhecimento partilhado não exige apenas competição ou emulação mas sim, também, cooperação.

Neste primeiro relatório Mundial da UNESCO trata-se de explorar um futuro incerto, propondo uma série de pistas para a reflexão e acção. Promover o aproveitamento partilhado dos conhecimentos é o propósito que anima este relatório.

Uma obra concebida para, simultaneamente, interessar e iniciar os leitores pela sociologia, acentuando as relações entre indivíduo e sociedade.
O autor propõe um verdadeiro percurso sociológico que passa por todos os estudiosos e grandes nomes da história da sociologia.
O livro desenha um vivo e forte quadro do mundo contemporâneo e dos indivíduos que o compõem. São variados os temas abordados - educação, sexualidade, mundo do trabalho, política ou família -, e testemunham que todos somos seres eminentemente sociais, ligados uns aos outros.

Se o 11 de Setembro de 2001, constitui uma espécie de charneira paradigmática entre os dois últimos séculos, o pensamento, esse, parece estar ainda prisioneiro de uma concepção ultrapassada do mundo, inibido pelo espectáculo mediático que o simplifica, o rejeita ou perverte. Evoca-se o niilismo, a «perda de sentido», o desaparecimento dos valores ou o choque das civilizações. Esta grande crise de valores, que revolveu estes dois últimos séculos, desemboca em múltiplas incertezas. A questão central da educação, num mundo flutuante, flexível, em que dominam os valores do consumismo e onde as trocas são efémeras, pode ter lugar? O Século XXI proporcionará a criação de novos valores? Que impacte terão a mundialização e as tecnociências nos valores e na diversidade cultural? Perante estes desafios que respostas há a dar, que valores propor?

Será possível pensar a ciência na sua globalidade, sabendo que as ciências, quer tratem da natureza ou do homem, têm sempre origem no mesmo assunto? Numerosos filósofos interrogam-se acerca da natureza do conhecimento científico e das diferenças (reais ou aparentes) entre os objectos que explica. Para aprofundar a reflexão sobre o que serve de princípio à ciência, este livro propõe uma explicitação dos seus principais elementos. O que é que une, o que é que separa, as ciências exactas e as ciências do homem?

Esta obra constitui um diagnóstico muito lúcido sobre a problemática da crise que no presente se instalou na relação educativa e da autoridade tradicional.
Sob a pressão democrática, igualitária, os cidadãos têm cada vez mais dificuldade em tolerar as relações assimétricas tanto na família como na escola. O espírito de contrato tem de substituir a autoridade. Os cidadãos aguardam, com impaciência, uma renovação das relações de poder!
Os pais têm por obrigação de explicar aos filhos as normas educativas. Na escola, as virtudes do diálogo democrático, entre professor e aluno, devem esclarecer e justificar o sentido do esforço e os modos de transmissão do saber. É urgente e necessário dis-cutir novas formas de transmissão do saber sem, no entanto, tocar no seu próprio conteúdo. Será isto possível?
Alain Renaut, com a simplicidade da sua escrita e com a profundidade do seu conhecimento, esforça-se por encontrar uma saída para estas dificuldades e propõe, sobretudo no campo do político, linhas para uma renovação de tipo contratual das rela-ções de autoridade por forma a que esta se compatibilize com o espírito democrático que, hoje, todos partilhamos, por forma a que reconheçamos na figura do «outro» o alter-ego. O propósito fundamental do autor não é o de encontrar soluções, é sim o de explorar, dentro da sua complexidade e da sua diversidade, as metamorfoses e as problemáticas das diversas figuras da relação de autoridade na idade moderna.

No momento em que alguns anunciam a iminência de um «conflito de civilizações», a reflexão sobre os valores que fundamentam o Ocidente é vital! Combater em nome de quê? Para defender o quê?
A autora deste livro, uma filósofa nascida no Próximo Oriente e a viver em França, traz-nos uma resposta irreverente.
Nayla Farouki explica-nos porquê e como o pensamento ocidental permite a cada ser humano, onde quer que tenha nas-cido e qualquer que seja a sua história, deixar a prisão das suas dependências sociais. Estes valores constituem o antídoto à tentação tribal arcaica que se vincula à condição humana.
A autora narra, igualmente, como esta grande conquista cedo foi pervertida pelo nacionalismo e o imperialismo.
Regularmente estas tentações nocivas levam os seres hu-manos ao seu estado natural, o das comunidades unidas pelo medo e pelo ódio ao outro, ao estrangeiro, ao diferente.
Assim o Ocidente é, constantemente, apanhado no flagrante delito de trair os valores de que se reclama.
Desconstruindo, uma a uma, as falsas evidências, Nayla Farouki, nesta obra, traz uma resposta para as paixões que atra-vessam a nossa época. Cada página deste livro reenvia o leitor para aquilo que é; melhor, para o que crê ser.

Quem nunca sonhou entrar no seu próprio cérebro? Visitá-lo do interior? Descobrir, passo a passo, esse universo misterioso de sinapses e de neurónios, de conexões e de redes? Este é um dos preciosos guias para uma espantosa viagem ao mais íntimo de nós mesmos. O cérebro orquestra o nosso corpo e os nossos sentidos, a nossa memória e o nosso pensamento, a nossa representação do mundo e a nossa relação com os outros. Da emoção à inteligência, do stress ao prazer, da linguagem à sociedade, conta-nos uma história, a nossa.

Esta obra não pretende indicar como se faz a ascensão deste Himalaia que é a ciência. Terá atingido o seu objectivo se provar a cada um que está apto para explorar certas vias que levam a alguns «campos de base». Daí, o caminho poderá prosseguir.O autor sempre defendeu e difundiu que a ciência é um prazer e, neste livro, entra no vivo do sujeito, clarifica-nos certos conceitos obscuros e dá ênfase a alguns utensílios cujo manuseio é, muitas vezes, mal ensinado. E a nossa metamorfose em cientistas pode começar...

A presente obra, elaborada como tese de mestrado, depois de uma visita a concepções anteriores, apresenta a teoria proposta por Laín Entralgo ao mesmo tempo que, em diálogo com as ciências biológicas e humanas, lhe vai detectando algumas insuficiências. Depois, a partir da tematização do caos, ou do corpo como caos, pretende ensaiar a superação das limitações apontadas na obra de Laín Entralgo.
A superação dos modelos antropológicos do dualismo corpo/alma e do individualismo atomista, que têm configurado a cultura ocidental, vem obrigar a repensar velhas soluções insatisfatórias e abrir novos problemas.

As ciências da vida regulam a nossa vida - esta parece ser, actualmente, a opinião cada vez mais geral, numa mistura de fascínio e receio. Assim, não será urgente interrogarmo-nos sobre esta posição?
Caminhando tanto através das interpelações actuais ligadas às execuções técnicas da biologia, como através dos seus fundamentos históricos ou dos seus projectos, este livro é uma aventura. Uma grande aventura!

A insegurança própria do nosso trabalho e a ciência não deverão desencadear o medo, mas estimular a prudência e desafiar a acção. A ciência não produz nem se aproxima da verdade, mas produz e expande conhecimentos, aumentando a compreensão e o mergulho na construção da complexidade.

Através de uma conversão do olhar reorientado para o interior do ser, o «iniciado» abre em si próprio janelas para a transcendência e encontra o verdadeiro rosto do Outro, do irmão. Apelo à reinvenção quotidiana da fraternidade. Michel Barat, filósofo e Grão-Mestre da Grande Loja de França revela-nos, nesta obra, uma reflexão apaixonante acerca das ligações entre filosofia e espiritualidade, por um lado, e ética e política, por outro.

Partindo da infromática, domínio em que Jacques Arsac é especialista e que se encontra no cerne do debate sobre a natureza da mente, o autor conduz-nos numa viagem epistemológica através da física, matemática e linguagem. Procedendo por fases, Jacques Arsac demonstra que tal como a informática, que manipula símbolos sem nunca se debruçar sobre o seu significado, a ciência se detém em geral nas representações e não nos objectos em si mesmos. E o debate em torno da inteligência artificial passa também por aqui. Se todos os raciocínios não são mais do que resultados de uma operação de cálculo, não permancerão dúvidas de que brevemente estaremos em posição de fabricar máquinas pensantes. Contudo, em que se terá então tornado a condição humana?