Como ajudar os filhos nos trabalhos de casa?
TPC, as 3 letras que simbolizam uma 'carga de trabalhos'!
Ao fim de um dia de trabalho, que não termina às 18h00, mas por volta das 22h30, depois de lavar o último prato do jantar… tudo o que menos apetece é gerir uma birra ou perceber que os miúdos ainda não fizeram os trabalhos de casa. Entre viagens, atividades extracurriculares, o futebol ou as aulas de guitarra, o tempo esvai-se e a disponibilidade (e paciência) de pais e filhos para o momento dos trabalhos de casa é escassa.
O primeiro truque para cumprir esta tarefa com tranquilidade e sem stress é perceber que os trabalhos de casa, mais do que 'uma carga de trabalhos',
são importantes para o sucesso escolar e aprendizagem de crianças e jovens. Para além de permitirem explorar temas para os quais não tiveram tempo na sala de aula e
reforçar a memorização de matérias importantes, através da repetição e exercícios, as tarefas dadas pelo professor promovem a responsabilidade, autodisciplina,
capacidade de gerir o tempo e cumprir prazos e, em última instância, o gosto pela aprendizagem. Mesmo assim, a WOOK sabe que convencer os mais novos a estudar,
além do horário escolar, pode ser uma missão hercúlea e por isso, deixamos algumas dicas, para si, que é encarregado de educação, e quer ajudá-los na realização dos
trabalhos de casa:
1. No lugar certo: Deve existir no lar um local, iluminado e resguardado de distrações, dedicado ao momento de estudo. O quarto, a sala ou o escritório, desde que seja confortável e silencioso.
2. À hora marcada: A realização dos trabalhos de casa deve ser entendida como um compromisso com hora e duração definidas. Esta negociação depende das rotinas da família e da idade da criança, devendo incluir tempo para um momento de lazer, como ver televisão ou jogar.
3. Rodeado pelos materiais necessários: Ajude o aluno a ter acesso aos recursos necessários ao seu estudo, como dicionários, gramáticas, livros recomendados, materiais de papelaria , ou computador. Dependendo da idade da criança, o acesso à internet deve ser vigiado e limitado, porque integra o grupo das tentações distrativas. Por vezes, o estudante necessita de recorrer à biblioteca da escola ou pública, com prazos de empréstimo reduzidos, com cauções ou coimas associadas, em caso de atraso de entrega. Ajude os mais pequenos a desenvolverem, desde cedo, hábitos responsáveis de controlo de prazos: com recurso a um calendário impresso ou usando o calendário do telemóvel, apoie o estudante a organizar os seus compromissos.
4. Apoiado (mas não substituído) pelos pais/educadores: Demonstre interesse pela escola e pelas aprendizagens diárias dos seus filhos/educandos. Quando estão a fazer os trabalhos de casa, pode apoiá-los e ajudá-los a organizar o seu estudo. No entanto, resista à tentação de lhes dar as respostas certas ou fazer os seus trabalhos de casa: deixe-o responsabilizar-se e ser autónomo no seu processo de aprendizagem, e aprender a aprender. Participe e envolva-se nas atividades da escola (reuniões de pais e eventos temáticos): para além de ficar a par dos temas mais valorizados pelos docentes, e dificuldades dos seus filhos, também gera sentimentos positivos na criança, que se sente acompanhada e apoiada pela família.
5. E quando a desmotivação vier, conversem: A partilha gera confiança e segurança, fundamentais para o desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança e jovem. Esteja atento aos sinais, e caso o estudante se mostre cabisbaixo ou stressado, converse e deixe que ele lhe diga o que o preocupa. Se estiver com dificuldades no estudo e verificar que as suas respostas estão erradas, promova a repetição e use o elogio como reforço positivo. Se não o conseguir ajudar em determinada matéria, verifique junto do professor e da escola se existem grupos de estudo, ou motive a criança a procurar um colega que esteja mais à vontade com aquela disciplina e a oferecer ajuda em outras matérias em que esteja mais apto. Também poderá recorrer à Escola Virtual, a plataforma de ensino Porto Editora, adaptada às necessidades dos alunos do século XXI.