Vox

Depois de "A História de uma Cerva" de Margaret Astwood, VOX não lhe fica atrás. A modo como a história é apresentada fez-me sentir no próprio lugar de Jean. Tanto que em determinados momentos senti que eu própria me sentia silenciada peelo contador de palavras. Dei por mim vezes sem conta a pensar como seria viver com apenas 100 palavras por dia... o que diria...a quem as diria...

¿VOX é uma distopia narrada em primeira pessoa pela Jean e dividida em capítulos pequenos, o que me agradou muito. Foi uma leitura que me trouxe vários sentimentos, principalmente raiva, revolta e perda. Além disso me fez refletir bastante sobre o meu lugar no mundo e que ninguém tem o direito de me calar. Que nos mulheres devemos lutar pelo nosso espaço! O único ponto negativo foi o final, que achei muito corrido e acabou deixando varias pontas soltas. Contudo, com certeza vale a leitura. . “(...) Pensem em acordar um dia e descobrir que não têm voz em nada.”.

Uma distopia que por vezes pareceu tão real. Com umas histórias de amor à mistura, levando-nos a dar sempre valor à nossa liberdade. Enquanto a tivermos. Escrita leve, os capítulos curtos favorecem a leitura rápida.

Depois de "A História de uma Cerva" de Margaret Astwood estava convencida que "Vox" seria um livro idêntico - realidade distópica sobre a igualdade de género. Contudo, e apesar de, inicialmente, ter imensas semelhanças, é diferente. E bastante! Sem dúvida que a história de Margaret Astwood é muito melhor, mas "Vox" serve bem para umas horas de entretenimento. Bastante viciante, acaba por ser uma história de terror com algum romance à mistura.

Impossível não ficar ‘agarrado’ a esta história e não vibrar a cada capítulo. Viciante do início ao fim!!! Difícil não transpôr para a nossa realidade e pensar: ‘E se fosse comigo?!’ Para quem não lia há muito tempo não houve melhor incentivo para regressar às leituras ¿

Este livro começa com a premissa de as mulheres só puderem pronunciar 100 palavras por dia. Têm um contador no pulso e se passarem as 100 palavras há um castigo severo e imediato. O país onde isto ocorre é os EUA. Tudo muda quando sobe ao poder um demagogo louco (onde é que já viram isto, não é?). Há um fanatismo religioso que faz com que as mulheres recuem uns 200 anos. São obrigadas a deixar de trabalhar para ficarem em casa a tratar dos maridos e filhos. Têm que aceitar e submeterem-se. Tudo isto é assustador! E não é difícil pensar que nos dias que correm e com o rumo que certos países estão a tomar, isto seja passível de acontecer. Senti-me revoltada de forma constante com a leitura. Coisas que parecem impensáveis de acontecer e que atacam a libertado da Mulher. Esta história prendeu-me do início ao fim. O ritmo é frenético. Gosto quando os livros me fazem sentir coisas tão fortes. Seguramente que não é vou esquecer desta história. Aconselho a toda a gente.

Eu adorei o livro, na minha opinião é um livro que faz muitas chamadas de atenção a muitos problemas que as nossas mulheres e seus antepassados femininos viveram e de uma forma mais subtil às mulheres de hoje. Aborda a Política e como são ainda conduzidos "certos" casos Políticos. Aborda o Aborto, aborda a infidelidade, aborda a violência contra a mulher, aborda a repressão de muitas mães perante os filhos, onde os filhos é que mandam e as mães obedecem. Aborda sem dúvida nenhuma o Machismo. A personagem do Reverendo Carl é uma clara conceção da realidade da Igreja do antes e do agora. Sem dúvida adorei o livro e deixa-nos a pensar em inúmeros aspetos do dia-a-dia que por vezes nem dos damos conta, a não ser que passemos por eles. Recomendo-o a todos os Homens e Mulheres que acreditam num direito de igualdade.

(...)...Este livro tem um embalo profundamente melancólico, realista e honesto, li-o num único dia, não consegui parar de ler, adorei tudo, todas as personagens, odiei de morte outras, é um livro tão fácil de ler, tão intenso, repleto de acção, faz-nos pensar muito no lugar de todos nós na sociedade, carregado de drama, com uma boa pitada de romance e outra de suspense, mas o que eu mais gostei mesmo foi a força, coragem e extrema honestidade da Jean, sobre si própria, sobre o marido, sobre os filhos, sobre a vida, sem filtros, sem rodeios, brutal! Adorei!...(...)