Tempos Interessantes
Uma Vida no Século XX
SINOPSE
Eric Hobsbawm, por muitos considerado o maior historiador vivo do nosso tempo, deixa-nos neste seu livro uma reflexão de extrema lucidez sobre o mundo contemporâneo. Estes «tempos interessantes» a que, com alguma ironia contida, se refere no título são aqueles que ele bem conheceu, por ter sido um dos seus participantes mais intensamente comprometidos. Vale por isso a pena lembrar o que referiu, a propósito de um outro livro que Hobsbawm escreveu sobre o século XX e as suas tragédias, o economista e professor universitário Robert Heilbroner: "Não conheço nenhuma outra análise que esclareça tão claramente o nosso passado nem que, por isso mesmo, ilumine tanto os nossos futuros possíveis". É o que podemos também repetir a propósito da presente obra.
Tempos Interessantes - Uma vida no século XX transporta-nos da Grã-Bertanha aos países e culturas da Europa continental, ou do continente americano à Índia e ao Extremo Oriente. Faz-nos assistir a alguns episódios curiosos, como aqueles em que ele serve de intérprete a Che Guevara, passa a noite de Natal com um espião soviético, ou se encontra com a cantora Mahalia Jackson. Mas é sobretudo uma reflexão, por vezes dramática, sobre alguns aspectos mais controversos da história contemporânea e até do seu próprio percurso de historiador e militante.
CRÍTICAS
"É a auto-interrogação de Hobsbawm que confere a este livro um elemento constante de surpresa e vigor, transformando-o numas memórias políticas excepcionais." (Anthony Sampson, The Guardian)
"Dificilmente a autobiografia pode ir mais longe. Hobsbawm escreve com uma precisão elegante e viva… Era uma criança de Viena quando Hitler deixou de ser pintor de paredes; aluno do liceu em Berlim quando a República de Weimar caiu, um jovem historiador com assento na primeira fila… Os seus tempos interessantes são também extraordinários." (Peter Preston, The Observer) "Eric Hobsbawm é presumivelmente o nosso maior historiador vivo - não só da Grã-Bretanha, mas de todo o mundo." (David Caute, The Spectator) "Nenhum dos actuais historiadores de língua inglesa pode competir com o domínio dos factos e das fontes que Hobsbawm manifesta. A palavra-chave é, de facto, "domínio". A sua capacidade de recolher e estabelecer o pormenor atingiu hoje uma escala à qual normalmente só podem aspirar os grandes arquivos dotados de equipas de trabalho numerosas. Ao mesmo tempo, não revela os mais pequenos sintomas de pedantismo. Muito pelo contrário: à medida que os anos passam, a capacidade que Hobsbawm demonstra de operar generalizações surpreendentes e muitas vezes sedutoras a partir do seu material não pára de crescer. É um historiador, e não um romancista, mas o motor que anima a sua cabeça estreita é uma imaginação de Rolls-Royce." (Neal Ascherson, Independent of Sunday) "Hobsbawm parece viajar por lugares, temas e séculos… com facilidade, [com] uma mestria por vezes visitada pelo humor e um talento como raramente é possível encontrar. Embora sob outros aspectos muito diferente, compartilha com Braudel a largueza dos horizontes, a profundidade da visão e, que mais não seja, o espírito e - bem vistas as coisas, palavra que não podemos deixar de usar - o génio." (Pierre Goubert, Le Monde)DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789726109068 |
Editor: | Campo das Letras |
Data de Lançamento: | abril de 2005 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 161 x 211 x 29 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 568 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Campo da Memória |
Classificação temática: | Livros em Português > História > História em Geral Livros em Português > Política > Política em Geral |
EAN: | 9789726109068 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |