Rapunzel Livro
de Iratxe López de Munáin
Sobre
o LivroUm homem e uma mulher viviam desgostosos por não terem filhos. Por fim, uma
primavera, o casal viu realizado o seu desejo: estavam à espera de um bebé!
Um dia, sentindo-se muito fraca, a mulher pediu ao marido que lhe fosse apanhar uns
rapúncios, o melhor remédio para as maleitas das grávidas, ao jardim vizinho onde vivia
uma poderosa bruxa, temida em todo o vale.
— Como te atreves a vir roubar os meus rapúncios? Isto vai-te sair caro! Terão que me
entregar o vosso bebé assim que ele nascer.
E assim foi. Com enorme pesar, os pais tiveram que lhe entregar a menina a quem chamaram
Rapunzel. Ao completar doze anos, a bruxa encerrou-a numa torre, com medo de que ela a
abandonasse. E ali viveu, vendo passar os dias, até que um príncipe reparou nela quando ela
lançava as suas longas tranças pela janela fora e se apaixonou perdidamente...
Desde a primeira publicação na Alemanha em 1812, no volume Kinder-und Hausmärchen, a
história dos irmãos Grimm viu a luz em centenas de línguas e nas mais variadas edições, desde a
primeira versão ilustrada por Philip Grot até ao recentemente galardoado com a medalha
Caldecott Paul O. Zelinsky. Também serviu de inspiração a composições musicais como
Märchenbilder, de Schumann, ou a diversas adaptações cinematográficas como o musical The
Pebble and the Penguin de Don Bluth, Barbie Rapunzel de Owen Hurley ou a última produção da
Disney, Entrelaçados.
Apesar de a versão que atualmente conhecemos provir da Alemanha, existe uma variante anterior
recolhida em Itália em 1634 por Gianbattista Basile, de título Petrosinela. Jacob e Wilhelm Grimm
idealizaram o nome de Rapunzel para a protagonista a partir da denominação germana da planta
que desencadeia o conflito na obra. Em português, esta hortaliça de folhas azuis recebe o nome
de rapôncio ou rapúncio.