Quando os cucumbas cantam

de Tomás Medeiros

editor: Althum.com, abril de 2016
Uma bela metáfora (metáfora?) sobre o imediatamente antes da independência de S. Tomé, o momento da euforia da libertação e o grito de desespero contra o que se passou a seguir. Numa mistura bem urdida de pseudo-ensaio ideológico e escrita poética, assistimos á aventura de Mé Flindó, através dos perigos da estrada, da confusão das festa na cidade e das duvidas sobre a independência.

Num fugaz, mas bem organizado apontamento narrativo, Tomás Medeiros não deixou de fora nenhum dos actores que fizeram o tempo da descolonização e da independência: o colono bom e o colono mau, a igreja, o político arrivista, o revolucionário de última hora, o povo incauto. E ficou tudo dito.

Quando os cucumbas cantam

de Tomás Medeiros

ISBN: 9789896830601
Editor: Althum.com
Ano: 2016
Idioma: Português
Dimensões: 145 x 220 x 4 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 56
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Contos
EAN: 9789896830601
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Uma pequena nação – uma pequena novela

Miguel

O cucumba, ave imaginária e agoirenta, anunciadora de maus presságios, acompanha toda a narração, a história da independência de S. Tomé. Uma metáfora sobre a descolonização e independência de uma nação, que apesar dos avisos agoirentos que se ouviram todo o tempo, não deu ao povo o que ele esperava. (p.36) “Passados uns anos, iniciou-se a operação de destruição consentida do mito do socialismo ilhéu, da classe operária e dos camponeses das roças, tão ao gosto do camarada presidente (…) as próprias plantas com medo de represálias, decidiram deixar de crescer, produzir”. A descolonização é quase sempre uma novela. A grande capacidade literária do autor conseguiu por toda a História do Século XX numa pequena ilha, numa pequena novela.

Tomás Medeiros

Tomás Medeiros (cidade de S. Tomé, 05.11.1931) é um escritor e pensador actualmente residente em Portugal. Foi médico, activista e dirigente político e militar. Concluiu formação em Medicina e estudos em Medicina Militar. Participou em inúmeras associações estudantis, na criação da UGA (União Geral dos Estudantes da África Negra Portuguesa) e foi co-fundador e dirigente de organizações de representação de estudantes africanos fora do seu continente. Participou activamente em organizações políticas de libertação de países africanos. Tem poesia, prosa e ensaios publicados em Portugal e no estrangeiro e figura em várias antologias temáticas.

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