Projeto Cuidar +

A presente obra aborda a temática dos cuidadores informais, analisando inicialmente a óptica sociológica dos cuidados, como os papeis sociais influenciam quem os presta e a evolução dos mesmos. É estudado o Estatuto do Cuidador Informal, explanado na Lei n.º 100/2019, de forma a identificar as melhorias necessárias ao Estatuto para que possa ser eficaz.

Este estudo teve como principal objetivo a criação de uma resposta social que efetivasse o descanso dos cuidadores informais, previsto no Estatuto do Cuidador Informal. Para isto procedeu-se a uma recolha de dados para sustentar o estudo, tendo por base os cuidadores informais portugueses.

Partiu-se da pergunta de partida: em que medida a existência de uma resposta social, destinada ao acolhimento temporário de pessoas cuidadas, contribui para o descanso dos cuidadores informais? Para a investigação limitou-se o total da população a uma amostra, tendo como alvo cuidadores informais portugueses, recorrendo ao inquérito por questionário. de entre os resultados obtidos pôde-se comprovar que 1/3 da população cuidadora não se encontra a exercer um trabalho remunerado, 90% não recebe qualquer apoio social na prestação de cuidados e não acede ao direito ao descanso previsto no Estatuto dos Cuidadores Informais, refletindo-se no sentimento de desproteção social sentido pelos cuidadores informais e isolamento social.

Tendo por base estes dados comprovou-se a necessidade da criação de uma resposta social que efetive o descanso dos cuidadores informais e lhes forneça apoio adicional, bem como ajustes necessários ao Estatuto do Cuidador Informal para que seja possível a sua concretização.