Porquê «O Nome da Rosa»?

Livro 1

de Umberto Eco
editor: Difel, abril de 1991
ESGOTADO OU NÃO DISPONÍVEL
VENDA O SEU LIVRO

«Sob o falacioso pretexto de explicar o segredo do título, Eco leva-nos com elegante e irónico saber ao seu mundo mental e oficial, de facto complexo mas pouco ou nada labiríntico, esboça um sistema de sageza, dá-nos de beber e ainda agradece; e o seu mistério de O Nome da Rosa continua.»
Diário de Notícias

«Escrevi um romance porque me apeteceu. Acho que é uma razão suficiente para alguém se pôr a contar uma história. O homem é um animal fabulador por natureza. Comecei a escrever em Março de 1978, levado por uma ideia seminal. Apetecia-me envenenar um monge. Creio que um romance nasce de uma ideia deste género, o resto é sumo que se vai juntando ao longo do trabalho.
A ideia do Nome da Rosa ocorreu-me quase por acaso e agradou-me porque a rosa é uma figura simbólica, tão densa de significados ao ponto de já quase não ter mais nenhum... (...) O leitor ia ficar justamente despistado, sem poder optar por uma interpretação; e mesmo que tivesse captado as possíveis leituras nominalistas do verso final, teria acabado então de chegar ao fim, depois de ter feito já sabe-se lá que outras opções. Um título deve confundir as ideias e não orientá-las.»
Umberto Eco

Porquê «O Nome da Rosa»?

de Umberto Eco

Propriedade Descrição
ISBN: 9789722901758
Editor: Difel
Data de Lançamento: abril de 1991
Idioma: Português
Dimensões: 120 x 190 x 10 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 66
Tipo de produto: Livro
Coleção: Pequenos Textos de Grandes Autores
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 0050000092602
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável
e e e e e

Por que o título O Nome da Rosa?

Adelson Matias Souza

Por que o filme "O Nome da Rosa" possui este título? A obra tem como cenário a Baixa Idade Média séculos (XIII -VV), com seus problemas teológicos; gnsiológicos e metafísicos... Em um primeiro instante, podemos relacionar o título do filme "O Nome da Rosa" com a 'rosa' bondade e ascese religiosa; ou, com a "flor" mulher/paixão que se manifesta entre os jovens na trama. Todavia, uma análise filosófica revelará que o título do filme "O Nome da Rosa" de Umberto Eco; que nomina sua obra literária homônima, faz referência direta a uma grande questão de lógica discutida na Idade Média: os Universais. Embasadas nas ideias platônicas e, posteriormente em Aristóteles, (lógica); os Universais seriam entidades metafísicas; essências separadas das cousas individuais. Mais especificamente, buscava-se compreender a relação entre as palavras e as coisas. A discussão volta-se para o questionamento: as palavras (universais) podem verdadeiramente nomear conceitos gerais; ou apenas algumas classes específicas de seres? E ainda: se captamos singularmente pelos sentidos por que as expressamos com palavras universais? Assim, nascem duas posições,1) a Realista que defende que os universais existen em si mesmo; por exemplo, a palavra "rosa" existe na realidade (flor/pessoa), e também no pensamento. 2) Nominalista para quem o nome "rosa" é apenas uma convenção; palavras sem existência real. Para além dos discursos serem entidades metafísicas, ou palavras vazias..., os Universais possibilitaram uma discussão em alto nível que levaram nos ao entendimento e desenvolvimento lógico-linguístico. Umberto Eco com o seu O Nome da Rosa, alude em bases linguísticas e semióticas uma investigação racional sobre o conhecimento humanístico/científico/racional que faz fortalecer a razão autônoma. Adelson Matias Souza é professor de filosofia no Ensino Médio público.

SOBRE O AUTOR

Umberto Eco

Escritor e homem de letras italiano, Umberto Eco nasceu a 5 de janeiro de 1932 em Alessandria (Piemonte) e morreu a 19 de fevereiro de 2016. Pouco se sabe sobre as suas origens e a sua infância, salvo que revelou extrema precocidade ao doutorar-se pela Universidade de Turim com apenas vinte e dois anos de idade, em 1954, apresentando para o efeito uma tese consagrada ao pensamento filosófico de São Tomás de Aquino "O Problema Estético em S. Tomás de Aquino".
Entre 1954 e 1959 desempenhou as funções de editor cultural na famosa cadeia de televisão estatal italiana RAI, lecionando também nessa altura nas universidades de Turim, Milão e Florença e no Instituto Politécnico de Milão. Com apenas trinta e nove anos de idade foi nomeado professor catedrático de Semiótica pela Universidade de Bolonha, a mais conceituada do seu país.
Começou a escrever nos finais da década de 50, contribuindo para diversas publicações periódicas com uma série de artigos que seriam reunidos em volumes como "Diario Minimo" (1963, Diário Mínimo), "Il Costume di Casa" (1973), "Dalla Periferia Dell'Impero" (1977) e "Il Secondo Diario Minimo" (1992). O seu início de atividade ficou também marcado por obras como "Opera Aperta" (1962) e "Apocalittici E Integrati" (1964, Apocalípticos e Integrados).
Mantendo uma carreira editorial bastante completa e ativa, Eco não deixou de publicar estudos académicos sobre Estética, Semiótica e Filosofia, dos quais se podem destacar "La Definizione Dell'Arte" (1968), "Le Forme Del Contenuto" (1971), "Trattato Di Semiotica Generale" (1976), "Come Si Fa Una Tesi Di Laurea" (Como Fazer Uma Tese de Doutoramento, 1977) e "Arte E Bellezza Nell'Estetica Medievale" (1986), obra que lhe valeu vários e conceituados prémios literários. Em 1980 publicou o seu primeiro romance, "Il Nome Della Rosa" (O Nome da Rosa), obra que foi imediatamente considerada como um clássico da literatura mundial. Contando as andanças de um monge do século XIV que é chamado a uma abadia beneditina para solucionar um crime, Eco restabelecia a velha contenda entre o mundo material e o espiritual. A obra foi adaptada com sucesso para o cinema em 1986, pela mão do realizador Jean-Jacques Annaud.
Bastante popular, sobretudo nos meios mais eruditos foi o seu segundo romance, "Il Pendolo Di Foucault" (1988, O pêndulo de Foucault), em que Eco contrapunha o hermetismo e a cosmologia aos potenciais da informática e aos perigos do crime organizado.
O público acolheu com mais modéstia "L'Isola Del Giorno Prima" (1995, A Ilha do Dia Antes), romance em que Roberto della Griva, um aristocrata do século XVII, desperta numa embarcação à deriva no Pacífico Sul, e "Baudolino" (2000, Baudolino), obra também pertencente ao género do romance histórico.

(ver mais)

DO MESMO AUTOR

Imagem da capa de "O Nome da Rosa"

O Nome da Rosa

10%
Gradiva
22,00€ 10% CARTÃO
Imagem da capa de "Como se Faz Uma Tese em Ciências Humanas"

Como se Faz Uma Tese em Ciências Humanas

10%
Editorial Presença
15,90€ 10% CARTÃO

QUEM COMPROU TAMBÉM COMPROU

Imagem da capa de "A Caverna"

A Caverna

10%
Porto Editora
18,85€ 10% CARTÃO
Imagem da capa de "Aparição"

Aparição

10%
Quetzal Editores
16,60€ 10% CARTÃO