Para quê Tudo Isto?
Biografia de Manuel António Pina
SINOPSE
Da autoria de Álvaro Magalhães, talentoso escritor que muito bem conheceu Manuel António Pina, Para Quê Tudo Isto? é a biografia do criador, que, ao longo de trinta anos, ergueu uma das maiores e mais originais obras literárias do seu tempo. Mas também nos dá a ler a sua personalidade singular e cativante, o que inclui a arte de faltar a obrigações, ou, pelo menos, chegar atrasado, a disponibilidade para a brincadeira e o riso, o humor desconcertante, a genuína bondade, o talento supremo para a conversa, o lado irascível e furioso ou o insaciável desejo de infância, que correspondia a uma necessidade de recuperação do estado puro do mundo. Sem esquecer as suas facetas mais ignoradas, como as de professor, advogado, guionista, publicitário, ator de teatro, praticante de artes marciais, revolucionário, adepto de futebol ou jogador de póquer.
E, pairando sobre tudo isso, a pergunta que sempre o acompanhava, «uma pergunta numa cabeça,\como uma coroa de espinhos»: «Para quê tudo isto?»
«Quando lhe perguntavam o que queria ser quando fosse grande, respondia que queria ser santo, bombeiro, detetive, e também que queria ser Salazar, pensando que isso - ser o ditador que então governava o país com rédea curta - era uma profissão.»
«Sempre foi uma criança, independentemente da idade que realmente tinha. "E o que é uma idade real? Talvez a única idade verdadeiramente real seja a do espanto. Que idade temos quando perdemos a faculdade do espanto senão a da morte?" […] Uma das vias para esse permanente estado de infância, que correspondia a uma recuperação consciente do estado puro do mundo, era, naturalmente, a literatura, essa "infância finalmente recuperada" […]. Escrevendo, inventando, criava, e isso também fazia dele um ser em criação: uma criança.»
«Para ele, as palavras eram bem mais do que signos, eram "seres deste mundo, insubstanciais seres, incapazes também eles de compreender, falando desamparadamente diante do mundo". […] E as palavras, todas as palavras, adoravam-no - e voavam, deslumbradas, para ele.»
«Clarice Lispector disse que perder-se também é caminho. Para Pina, perder-se é que era o caminho. Não fora isso e que traria para contar? Como poderia dizer: "Não imaginam o que me aconteceu"?»
«Será que, como afirmaram os ensaístas Pedro Serra e Osvaldo Manuel Silvestre, ele "consegue fazer de Pessoa um discípulo seu"?»
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789896662875 |
Editor: | Contraponto Editores |
Data de Lançamento: | setembro de 2021 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 150 x 235 x 28 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 480 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Biografias |
EAN: | 9789896662875 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
OPINIÃO DOS LEITORES
POR MUITAS E BOAS RAZÕES
Manuel Ramalhete
Eu, que até não sou muito dado a biografias, considero este livro entusiasmante. É uma obra bem documentada e anotada que fala de um homem sui generis, multifacetado, passe o cliché, que foi poeta, jornalista, publicitário, professor, etc. e que se formou em Direito, imagine-se! Para mim, que sou lisboeta e vivo na margem esquerda do Tejo há 50 anos, este livro tem a particularidade de falar do Porto e das suas tertúlias frequentadas por escritores, artistas, actores (que ele também foi), cantores e outras personalidades que mais tarde se tornaram políticos e de quem Pina "desenhou" uma caricatura profética. Destes últimos, alguns estão hoje no olho do furacão político. Um livro a não perder!
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