Os Loucos da Rua Mazur
de João Pinto Coelho
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Paris, 2001. Yankel - um livreiro cego que pede às amantes que lhe leiam na cama - recebe a visita de Eryk, seu amigo de infância. Não se veem desde um terrível incidente, durante a ocupação alemã, na pequena cidade onde cresceram - e em cuja floresta correram desenfreados para ver quem primeiro chegava ao coração de Shionka. Eryk - hoje um escritor famoso - está doente e não quer morrer sem escrever o livro que o há de redimir. Para isso, porém, precisa da memória do amigo judeu, que sempre viu muito para além da sua cegueira.
Ao longo de meses, a luz ficará acesa na Livraria Thibault. Enquanto Yankel e Eryk mergulham no passado sob o olhar meticuloso de Vivienne - a editora que não diz tudo o que sabe -, virá ao de cima a história de uma cidade que esteve sempre no fio da navalha; uma cidade de cristãos e judeus, de sãos e de loucos, ocupada por soviéticos e alemães, onde um dia a barbárie correu à solta pelas ruas e nada voltou a ser como era.
Na senda do extraordinário Perguntem a Sarah Gross, aplaudido pelo público e pela crítica, o novo romance de João Pinto Coelho regressa à Polónia da Segunda Guerra Mundial para nos dar a conhecer uma galeria de personagens inesquecíveis, mostrando-nos também como a escrita de um romance pode tornar-se um ajuste de contas com o passado.
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789896604578 |
Editor: | Leya |
Data de Lançamento: | novembro de 2017 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 155 x 234 x 20 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 312 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Prémio LeYa |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789896604578 |
Adorei
Elsa Martins
"Os Loucos da Rua Mazur" chega ao Massacre de Jedwabne através de uma obra literária com rigor histórico. Aconselho a leitura, principalmente a quem ainda vai pensando sobre a recorrência dos genocídios na História, esses atos sociais tão participados, como o acontecimento anteriormente referido comprova abundantemente. A seguir vou ler "Perguntem a Sarah Gross" do mesmo autor, ao qual estou extraordinariamente agradecida.
Envolvente
Mafalda Isabel Pires Correia
Num cenário trágico, um enredo surpreendente, profundo e maravilhoso, que se desenrola lentamente, tornando-o envolvente e empolgante. Adorei.
Loucos por obrigação
João Carvalho
Envolto em mistério, afinal Shionka fala e até é editora, da paz surge a disputa pelo poder, para no fim serem todos, ou quase, condenados à mesma condição - a de loucos. Retrato bem lúcido da triste podridão que acompanha, infelizmente, a mente humana. Romance ficcional de uma realidade ainda bem presente.
Um Livro Cruel, mas espantosamente bem escrito!
Susana Alemeida
João Pinto Coelho, consegue descrever desde a mesquinhez do individuo até à crueldade de um grupo de indivíduos. Os Loucos da Rua Mazur, é um livre cruel, com uma excelente escrita, onde as descrições são sentidas. Um livro que não se consegue parar de ler, mas que ao mesmo tempo nos obriga a fazê-lo, para processar toda a dor que a crueldade gera. Muito, muito bom!
Quem não percebe, não sabe, ou ignora a História está irremediàvelmente condenado a repeti-la
José Lucas
Tenho 68 anos de idade e sou economista do ISEG (retirado). Como amante de História e leitor compulsivo estudo há perto de trinta anos o III Reich e o Holocausto possuindo uma pequena biblioteca pessoal de alguma relevância. A melhor homenagem que posso prestar é de que o deficientíssimo ensino da História em Portugal, tanto no secundário como no superior não merecem (o país não merece) um escritor-historiador de altíssimo nível como João Pinto Coelho. Nós que ainda não ajustamos contas com a nosso História como queremos forçar os outros a fazê-lo (embora tenhamos o dever de denunciar). Numa época (país) em que a maior parte das pessoas anda obcecada com essa bugiganga suprema chamada smartphone e que ainda não compreendeu que as redes sociais são a maior ameaça existente á democracia uma vez que todos os cérebros deficientes despejam para lá todo o lixo que querem, é lógico que a História pouco interessa. Antes de Os Loucos da Rua Mazur eu já tinha adquirido Vizinhos de Jan Gross, pelo que agora tenho uma perspectiva mais alargada. Mesmo caindo pouquíssimo no nível da ficção comparada com o documento de Gross, não posso deixar de enaltecer o João que teve a coragem de despertar as consciências (daqueles que ainda as têm) para um episódio terrível dos muitos que aconteceram nas Terras Sangrentas durante o último conflito. Dou os meus sinceros parabéns a toda a equipa que acompanhou o escritor e desejo sinceramente que prossiga, pois este povo ignaro necessita de vez em quando quem lhe abra os olhos, se isso for ainda possível. Bem-hajas João e muitos parabéns. Do sempre e sincero amigo José Lucas
Um livro envolvente
Carla Carmo
Um relato envolvente e acutilante acerca da amizade adolescente, de um dos momentos de maior horror da História da humanidade, da maldade grotesca que pode sair do coração dos homens. Obrigatório ler.
Boa leitura.
Vanessa martins
Gostei de ler este livro pelo envolvimento histórico e por sua vez pedagógico. O enredo é sem dúvida envolvente. Recomendo a leitura do livro.
Esperava melhor
Simão
Escolhi este livro devido às inúmeras críticas positivas e por ser sobre um acontecimento histórico que desconhecia, mas não fiquei bem impressionado. A escrita não tem um grande desenvolvimento e fiquei sempre à espera que acontecesse alguma coisa de interessante mas afinal a história não desenvolvia mais e tinha excesso de personagens. É pena porque a história podia ser explorada de uma forma mais interessante e tinha tudo para ser muito melhor.
Uma leitura a não perder!!
Hpsf
Este é um livro capaz de deixar o leitor agarrado a cada palavra, a cada frase. Tem um enredo de fazer qualquer um refletir sobre a sua história e sobre a História. “Os Loucos da Rua Mazur” é uma leitura a não perder!!
Surpreendente!
Sandra Lemos
Se eu achava que era difícil ultrapassar a capacidade literária do livro «Perguntem a Sarah Gross», este livro é a prova que tal é possível. Surpreendente!
nunca nada está completo
antónio josé cravo
não sei se antes de "perguntem a sarah gross", se depois. mas a leitura é obrigatória, a viagem alucinante e a humanidade, coisa por vezes - quantas? - arrepiante. a técnica apurada, a riqueza da linguagem, a trama, aquilo que "perguntem a sarah" já indiciava, completa-se nesta obra. joão pinto coelho não escreveu este livro para que conste da literatura portuguesa, mas da europeia ou, arrisco até, da mundial. o prazer da leitura é saciado com encontros como este
Cativante
Fernando Madeira
Um livro cativante, com uma escrita clara que nos prende da primeira á última folha. Um dos grande romances de 2017.
Romance notável
Luis P Relogio
Com uma escrita marcante, um estilo claro mas profundo e um trabalho fantástico de reconstituição histórica, Pinto Coelho dá-nos um retrato de humanidade e desumanidade que arrepia e prende ao longo de toda a obra. Um marco da literatura portuguesa de 2017.