«Regra geral, o que se escreve entre nós sobre a criação artística é tão defeituosamente científico (tão de opinião, de mera opinião) que me pareceu, de entrada, optar por um excesso que consiste em carregar de uma tonalidade científico-filosófica um texto que, na verdade, não pretende ser mais do que um breve ensaio. (…)
Toda a obra de José Rodrigues (Luanda, 1936) está povoada de anjos.
Anjos ou anjas - veremos que a questão do género não é desprezível - assediam a sua criação artística. Olhá-los a partir da desconstrução leva-nos necessariamente para um terreno movediço, para uma retórica do terciário, para um caminho sem saída: uma estrutura aporética, em definitivo, como a define Derrida (1930-2004). (…)
Os anjos pintados, desenhados ou esculpidos por José Rodrigues são a sua voz, o efeito do seu gesto: neles se aloja um mundo (vários mundos) que há muito tempo deixou morrer os anjos. São anjos em retirada [como os deuses, segundo Hölderlin (1770-1843) e Heidegger (1889-1976)] que, na sua fuga, ainda desenham um rasto de promessa. É esse rasto que tentaremos seguir e interrogar.»
Nuno Higino (da Introdução)
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789896252151 |
Editor: | Campo das Letras |
Data de Lançamento: | novembro de 2007 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 200 x 220 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 120 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Arte > Pintura Livros em Português > Literatura > Ensaios |
EAN: | 9789896252151 |