O Que Lacan Dizia das Mulheres

de Colette Soler
idioma: português do brasil, português
editor: Jorge Zahar, janeiro de 2005
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Com um olhar penetrante, Colette Soler mistura teoria com especialidade clínica. Ela explica de forma sedutora o que Lacan pensou sobre a controversa questão de diferença sexual. Com o cuidado que esse tópico merece, a autora discorre sobre questões como a concepção de mulher e a relação com o masoquismo, a ligação entre feminilidade e histeria e entre amor e morte, e a relação sexual impossível de que Lacan fala. Além dos conceitos comuns lacanianos, O que Lacan dizia das mulheres também explora o papel da mãe no inconsciente, a compreensão lacaniana de depressão e a razão por que os depressivos não se sentem amados.
Não é preciso ser feminista para perceber os preconceitos de Freud, muito característicos do fim do século XIX. Os debates pós-freudianos da primeira metade do século XX, inspirados numa preocupação totalmente inversa com a eqüidade, não fizeram a questão avançar.
Foi preciso chegar à segunda metade do século e a Jacques Lacan para que algo novo se fizesse ouvir. A subversão sexual já estava em curso na civilização, e era impossível ignorar, neste começo de século XXI, o que por pouco a psicanálise deixou escapar.

"Colaboradora próxima de Lacan, Colette Soler é uma psicanalista conhecida no Brasil (onde vem regularmente há vinte anos) por sua transmissão clara e precisa da psicanálise, tanto em suas palestras quanto em seus textos. Em O que Lacan dizia das mulheres - livro que recebeu o prêmio Psyché 2002, concedido pela Association Française d'Etudes et Recherches Psychiatriques -, a autora aborda a posição feminina a partir da teoria de Lacan, que vai além da abordagem falocentrista e edipiana de Freud e propõe que as mulheres têm acesso a um outro gozo por não estarem totalmente absorvidas na lógica fálica e patriarcal."
Antonio Quinet

SUMÁRIO

Prólogo: Anna O., a primeira

Parte I - Che vuoi?

1. Uma mulher
A resposta do Édipo | As manifestações do não-todo | Que quer essa mulher? | A marca da mulher | Programa clínico

2. Que diz dela o inconsciente?
A mulher freudiana | Lacan freudiano? | A lei do desejo | Elementos de clínica | "Ares de sexo" | O desejo feminino interpretado | A mulher não é a mãe | O Outro absoluto

Parte II - Clínica Diferencial

Introdução
1. Histeria e feminilidade
A estrutura de linguagem | O sonho é uma metáfora | A metonímia no sonho | O sujeito do inconsciente | Três identificações | Histeria e posição feminina | Fazer desejar... | O amor, feminino

2. A mulher, masoquista?
A metáfora do masoquismo | Ares de masoquismo | Ares de mulher | "Masoquismo moral"?

3. Aflição feminina
A querela da depressão | Sinal do tempo | Esses deprimidos de quem não gostamos | Os ditos da depressão | A causa do desejo tomada pelo avesso | Eficácia da castração | Clínica diferencial | Um suplemento de melancolia | Um fiapo de tristeza | Benefícios do bem-dizer

Parte III - A mãe

1. A mãe no inconsciente
O debate sobre a mãe | As recriminações feitas à mãe | Potência materna | O filho-objeto | O filho intérprete | A mãe, Outro

2. A angústia da mãe
Questionamento do amor materno | A mãe, a mulher | A dupla ausência | A angústia | "O serviço da mãe" | Um amor nomeável

3. Uma neurose infantil
A interpretação encarnada | Procurem a neurose infantil | Piggle e Hans | Piggle pré-interpretada | As palavras do inconsciente | A questão da transferência | "Nós, as meninas..." | O supereu | Winnicott intérprete

Parte IV - As mulheres na civilização

1. A histérica da época da ciência
Hystória | Repercussões da ciência | Hoje e amanhã

2. Novas figuras da mulher Mudanças pelo avesso | A "recuperação fálica" | Voltando à mulher freudiana | Fantasias inéditas | Sintomas inéditos

3. Éticas sexuadas
As aporias do sexo | Identificação ou sexuação | A maldição | A perversão generalizada ou o Outro | O amor "homossexual" | A ética do celibatário | Abonados do inconsciente homossexual | Nada de contrato sexual | Foraclusão redobrada | A ética da diferença

4. "Incidência social da sexualidade feminina"
Por que ainda casar? | As recorrentes do amor

Parte V - A maldição

1. O amor não louco
Maldição/má-dicção | Figuras do amor | "Altos feitos" do amor e crônica do cotidiano | Antecipações | Extravio | Inventário | O Outro que existe | Função do amor | Fazendo as contas

2. Por causa dos gozos
A hipótese do falasser | Sintoma generalizado | O sintoma pai | Desejo de paternidade? | Uma mulher, sintoma | Gozar com o inconsciente | A loucura do amor | O homem-devastação | Absolutização do amor

Parte VI - A análise

1. Sintoma de separação
Uma posição revista, segundo Freud | Identificar-se com o próprio sintoma? | Duas identificações de término | Sem o Outro | A função do sintoma | O sintoma na transferência | Acreditar nisso | Amar seu sintoma? | Um amor ateu

2. Fins... do amor
A batalha da transferência | Soluções do amor transferencial? | Os dois amores | O nome do sintoma | Sintoma-prótese

Conclusão
Efeitos sociais | Na psicanálise | Disparidade dos fins

Anexo
A diferença entre os sexos na análise

Nota da autora
Notas

O Que Lacan Dizia das Mulheres

de Colette Soler

Propriedade Descrição
ISBN: 9788571108882
Editor: Jorge Zahar
Data de Lançamento: janeiro de 2005
Idioma: Português do Brasil, Português
Dimensões: 159 x 228 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 245
Tipo de produto: Livro
Coleção: Transmissão da Psicanálise
Classificação temática: Livros em Português > Ciências Sociais e Humanas > Psicanálise
EAN: 9788571108882

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