O Poder das Pequenas Coisas
de Jodi Picoult; Tradução: Manuela Madureira
Os pais do bebé são supremacistas brancos e não querem que Ruth, afro-americana, toque no seu filho. O hospital acede a esta exigência, mas no dia seguinte o bebé enfrenta complicações cardíacas.
Ruth está sozinha na enfermaria. Deve ela cumprir as ordens que lhe foram dadas ou intervir? O que se segue altera a vida de todos os intervenientes e põe em causa a imagem que têm uns dos outros.
Com uma empatia, inteligência e simplicidade notáveis, Jodi Picoult aborda temas como a raça, o privilégio, o preconceito, a injustiça e a compaixão num livro magistral sem respostas fáceis.
«O romance mais importante de Jodi Picoult. Irá desafiar os leitores e reforçar o debate sobre racismo e preconceito.»
The Washington Post
«Uma leitura empolgante do princípio ao fim, como Jodi Picoult já nos habituou. Este romance mantém um ritmo rápido e constante, difícil de interromper.»
San Francisco Book Review
«Nenhum livro poderia ser mais oportuno do que este. Uma história que me obrigou a analisar as minhas próprias convicções e preconceitos.»
Metro
«Este livro é perturbador e comovente, mas absolutamente brilhante. Merece ser lido por um público vasto.»
Sun
«Jodi Picoult é a melhor na sua arte, e a tolerância é aquilo que melhor faz.»
Sunday Telegraph
Propriedade | Descrição |
---|---|
ISBN: | 9789722359788 |
Editor: | Editorial Presença |
Data de Lançamento: | março de 2017 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 150 x 229 x 32 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 512 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Grandes Narrativas |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789722359788 |
Seremos todos, de uma forma ou de outra, racistas?
Marta Segão
O racismo é o tema central da história, uma história sobre pessoas brancas, e pessoas negras. Sobre oportunidades, e privilégios. Sobre aquilo que é tido por adquirido, e aquilo pelo qual se tem que lutar. Sobre aceitação. Sobre poder de encaixe. Sobre resiliência e resignação. Sobre ouvir, calar e perdoar. Sobre desvalorizar, ainda que se tenha que anular. Sobre pré julgamentos. Sobre direitos. E deveres. Se é verdade que pessoas negras, como Ruth, estão em clara desvantagem, por conta de um sistema que aí as coloca à partida, de racistas activos, que fazem questão de mostrar o seu ódio, e de racistas passivos, que não questionam e nada fazem para mudar o sistema, também é verdade que esse "racismo" não é, de todo, unilateral. Por outro lado, não se deve julgar o todo pela parte. E descarregar frustração, e anos de discriminação, apenas por serem negros, culpando os brancos, não deixa de ser, também, uma prática implícita de racismo. Sim, podem não ter facilitado as coisas, podem não ter desbravado o caminho, podem ter ficado alheados ou abster-se de intervir. Mas a culpa não recai sempre, e só, sobre uma das partes envolvidas. Sobretudo, se a outra não se impuser, não lutar, não se aceitar, não se valorizar. Se passar o tempo todo a agir como inferior. A acreditar que o seu lugar é a servir, e não a ser servido. Se passar o tempo todo a querer ser como aqueles que acusa de racismo, e a tentar encaixar-se no meio deles, em vez de mostrar o que vale, e se orgulhar da pessoa que é. Cada vez mais as pessoas, ao querer estar um pouco em cada um dos lados, acabam por nunca estar em nenhum deles, nem pertencer verdadeiramente a nenhum deles. Não há dúvida de que Ruth é vítima de racismo. Não só por parte de Turk e Brit, dois brancos supremacistas, mas de muitas outras pessoas também. Acusada de homicídio, Ruth terá que provar que tudo fez para salvar o bebé e que, o que quer que tenha feito, não o foi por vingança, ou retaliação por ter sido vítima de racismo. Quando as pessoas vivem demasiado tempo oprimidas, com questões por resolver, com palavras caladas e atitudes contidas, é normal que, um dia, a coisa descambe, e elas saiam fora dos eixos. Por vezes, é libertador. É inofensivo. E funciona, permitindo seguir em frente. Outras, leva a caminhos mais sombrios, a violência gratuita, a culpabilização de terceiros, para evitar a autoculpabilização. Penso que Ruth e Turk representam bem estes dois opostos. Ruth quer soltar a voz que durante anos calou, e falar do racismo de que é vítima, acabando por mostrar um pouco do seu racismo contra os brancos, ainda que isso lhe tenha saído no calor do momento. Já Turk e, sobretudo, Brit, mostram às claras aquilo que defendem, o seu ódio aos negros, e chegam mesmo às ameaças. Tudo indica que, se não obtiverem justiça de uma forma, a farão por sua conta, de outra. Mas, um dia, tudo pode mudar. A vida gosta de, quando menos esperamos, mostrar a sua ironia. A hipocrisia por detrás da inflexibilidade. A essência por debaixo da capa E provar que as pessoas podem mudar. Seja para pior. Ou para melhor...
Inspirador
Mariana Machado
Livro de muita categoria, quer escrita, quer de reflexão. Uma temática que nos faz pensar e repensar nos preconceitos que por vezes inconscientemente temos, mas que acabam por ser espelhados na prática. Retrata os desafios da Enfermagem e põe à prova a própria deontologia e ética profissional, que nem sempre é fácil de ser cumprida. Aconselho, para quem é da área da saúde, uma vez que é uma história que emociona e que retrata a prática e o quanto por vezes as decisões podem comprometer o nosso futuro profissional, quando estamos divididos entre fazer o que é certo e o que o nosso coração nos manda.
Muito bom!
C. Correia
Foi uma agradável surpresa, que me deixou fã da escritora. Um tema que continua tão mediático nos dias de hoje, é uma história que nos comove e envolve de uma forma especial!
As pequenas coisas
SR
Jodi Picoult nunca desilude. Não desilude na escrita, nem nos temas que aborda nos seus livros, sempre pertinentes e actuais. Não desilude na construção das personagens, nem na forma como guia o enredo, sabendo exactamente onde colocar a curva e a contra-curva. Não desilude nos pormenores, não desilude nas pequenas coisas.
Excelente!
Ana Lúcia Loureiro
Uma obra bastante esclarecedora da temática que a autora quis abordar: o racismo! É uma chamada de atenção, como que "um murro no estômago", uma chamada de atenção para uma problemática que por vezes parece esquecida e ultrapassada, mas afinal tão presente!
Fabuloso...
Justina Dias
Pequenas coisa, realmente têm o poder de mudar muitas mas muitas outras coisas enraizadas...
Desafiante!
Justina Dias
É uma história comovente, que nos leva a colocar em causa os nossos próprios ideais, transposta nos para um mundo para o qual eu não tinha noção sequer do que é na realidade. O RACISMO.. Ao ponto em que um ser humano é capaz de chegar quando na realidade somos todos feitos do mesmo "pó" É uma.leitura que rapidamente se torna viciante. Parabéns à autora Josi Picoult. Fiquei fã.
As pequenas coisas são ,por vezes, enormes.
Cândida Domingues Proença
Jodie Picoult habituou-nos a livros com temas polémicos e muito interessantes. O racismo que percorre a História da Humanidade é aqui retratado numa história que nos cativa do princípio ao fim da narrativa. Livro de leitura obrigatória para quem gosta de ser surpreendido e gosta de ler num ápice para conhecer o final do enredo. Recomendo para leitura pessoal ou para oferecer.
A (in)Justiça e o Preconceito
Susana Rodrigues
Como já é habitual da Jodi, os temas dos seus livros são sempre actuais e fascinantes. Que nos prendem, que nos amarram ao livro da primeira à última página. Um livro fascinante, que nos faz pensar... "E se fosse comigo?". Amei.
Fantástico
Ana
Aconselho vivamente a leitura de o "Poder das Pequenas Coisas". Essas pequenas coisas tem mesmo poder, a escritora consegue levar-nos para a posição do outro e descrever pormenorizadamente como é ser esse outro. Adoro, já li outros livros desta escritora e é muito boa.
Excelente
Clarinda Faria
Jodi Picoult habituou-nos a uma escrita humana, a uma transparência de sentimentos, a temas actuais e muitas vezes polémicos. Excelente!
Ótimo
Ângela
Mostra-nos uma realidade que pensava já não estar tão vincada. Consegue por-nos no lugar das personagens e mostrar os pontos de vista deles.
Maravilhoso!
Patrícia
A autora aborda o racismo de uma forma que nos colocamos no lugar da personagem. Adorei e aconselho a ler, nunca tinha lido nada da aurora mas concerteza este foi o primeiro de muitos!