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O Mistério da Boca do Inferno

Correspondência e novela policiária

de Fernando Pessoa; Tradução: João Manuel Bouza da Costa e Sofia Rodrigues

editor: Tinta da China, setembro de 2019
«ESCRITOR INGLÊS DESAPARECE DEIXANDO UMA CARTA MISTERIOSA.» —Diário de Lisboa, 28 de Setembro de 1930

Neste caso, as notícias do desaparecimento do «mago» Aleister Crowley foram de facto exageradas. Mas além de O Mistério da Boca do Inferno se ter espalhado pela imprensa, divertiu muito Fernando Pessoa, que participou nesta farsa modernista pré-fake news. Foi ele que relatou literariamente os contornos desta verdadeira investigação policial, ao mesmo tempo que conduziu o embuste que lhe deu origem.

Nesta edição bilingue, que é ela própria um demorado e paciente trabalho de detective sobre um dos mais fascinantes mistérios da literatura portuguesa, encontramos Fernando Pessoa em correspondência e em contacto com aquele que foi considerado «o homem mais perverso do mundo», o «Master of Darkness» em título: Aleister Crowley, que terá vindo até Lisboa só para conhecer o poeta, e cuja personalidade já inspirou muitos artistas da cultura pop, como David Bowie, The Beatles ou Mick Jagger.

«AGORA QUE O MEU CORPO FOI ENCONTRADO, SINTO-ME MAIS TRANQUILO.» Aleister Crowley

«Deixemos em aberto se preferimos a realidade à ficção ou se, pelo contrário, tendemos ao inverso. Mas, mesmo que não possamos ou queiramos decidir­nos por uma delas, mantém­se como facto inquestionável que, no final do Verão de 1930, se encontraram em Lisboa dois homens que, não obstante todas as diferenças de carácter que os separavam, partilhavam um sentido de humor semelhante e aos quais dava um gozo imenso atenuar ocasionalmente a rigidez da vida diária com um ou outro mistério, inventado ou real, passível de ser esclarecido de forma racional ou inacessível a qualquer esforço de dedução lógica. Tanto Fernando Pessoa como Aleister Crowley se entusiasmaram com o Mistério da Boca do Inferno e se divertiram a manipular a opinião pública. E é precisamente como tal que este acontecimento histórico deve ser interpretado - como uma imaculada ironia. Quanto ao resto, não temos dúvidas de que, futuramente, a verdade continuará a manifestar­se nas suas mais diversas versões.»
Steffen Dix, Apresentação

O Mistério da Boca do Inferno

Correspondência e novela policiária

de Fernando Pessoa; Tradução: João Manuel Bouza da Costa e Sofia Rodrigues

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896715007
Editor: Tinta da China
Data de Lançamento: setembro de 2019
Idioma: Português
Dimensões: 131 x 187 x 26 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 550
Tipo de produto: Livro
Coleção: Pessoa
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Ensaios Livros em Português > Literatura > História da Literatura Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896715007
Fernando Pessoa

Um dos maiores génios poéticos de toda a nossa literatura, conhecido mundialmente. A sua poesia acabou por ser decisiva na evolução de toda a produção poética portuguesa do século xx. Se nele é ainda notória a herança simbolista, Pessoa foi mais longe, não só quanto à criação (e invenção) de novas tentativas artísticas e literárias, mas também no que respeita ao esforço de teorização e de crítica literária. É um poeta universal, na medida em que nos foi dando, mesmo com contradições, uma visão simultaneamente múltipla e unitária da vida. É precisamente nesta tentativa de olhar o mundo duma forma múltipla (com um forte substrato de filosofia racionalista e mesmo de influência oriental) que reside uma explicação plausível para ter criado os célebres heterónimos – Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis, sem contarmos ainda com o semi-heterónimo Bernardo Soares.
Fernando Pessoa nasceu em Lisboa em 1888 (onde virá a falecer) e aos 7 anos partiu para a África do Sul com a sua mãe e o padrasto, que foi cônsul em Durban. Aqui fez os estudos secundários, obtendo resultados brilhantes. Em fins de 1903 faz o exame de admissão à Universidade do Cabo. Com esta idade (15 anos) é já surpreendente a variedade das suas leituras literárias e filosóficas. Em 1905 regressa definitivamente a Portugal; no ano seguinte matricula-se, em Lisboa, no Curso Superior de Letras, mas abandona-o em 1907. Decide depois trabalhar como «correspondente estrangeiro». Em 1912 estreia-se na revista A Águia com artigos de natureza ensaística. 1914 é o ano da criação dos três conhecidos heterónimos e em 1915 lança, com Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros e outros, a revista Orpheu, que dá origem ao Modernismo. Entre a fundação de algumas revistas, a colaboração poética noutras, a publicação de alguns opúsculos e o discreto convívio com amigos, divide-se a vida pública e literária deste poeta.
Pessoa marcou profundamente o movimento modernista português, quer pela produção teórica em torno do sensacionismo, quer pelo arrojo vanguardista de algumas das suas poesias, quer ainda pela animação que imprimiu à revista Orpheu (1915). No entanto, quase toda a sua vida decorreu no anonimato. Quando morreu, em 1935, publicara apenas um livro em português, Mensagem (no qual exprime poeticamente a sua visão mítica e nacionalista de Portugal), e deixou a sua famosa arca recheada de milhares de textos inéditos.

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