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O Fanecas

de Henrique Pinto

editor: Padrões Culturais, junho de 2009
15 anos Cais. 15 contos com ilustração Ar.Co. 15 autores de língua portugesa.
VENDA O SEU LIVRO i
Colecção Comemorativa dos 15 anos da Associação e da Revista CAIS, a Revista que Desperta Consciências e Ajuda os Sem-Abrigo.
15 Anos, 15 Livros Ilustrados, 15 Autores

No âmbito das comemorações do 15º aniversário da CAIS, 15 autores lusófonos cederam gentilmente 15 contos, e todos foram ilustrados por alunos da Escola Ar.Co.
Fundada em 1994, a CAIS é uma Associação de Solidariedade Social sem fins lucrativos, reconhecida como pessoa colectiva de utilidade pública.
Tem como missão contribuir para o melhoramento global das condições de vida de pessoas sem casa/lar, social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco.
A primeira criação desta associação foi a Revista CAIS. O seu principal objectivo é despertar os leitores e a opinião pública em geral, para as problemáticas sociais relacionadas com os sem-abrigo e com outras formas de exclusão.
As vendas revertem para os vendedores (70%). É distribuída por instituições de cariz social em todo o país, que seleccionam, entre os seus utentes, os vendedores CAIS.

Estes 15 livros vêm marcar a comemoração dos 15 anos da CAIS, para que associações como esta possam continuar a existir, por forma a ajudar a melhorar a nossa sociedade.

Lendo estes livros, irá perceber realidades diferentes do nosso dia-a-dia, e seguramente os seus sentidos ficarão mais despertos em relação aos simples gestos que poderão contribuir para um dia diferente de quem vive na rua.

«E era, precisamente, o facto de que, a sua vida nada tinha para contar, o que o levava a sentir-se uma nulidade, ao contrário de tão grandes feitos. Gostaria de ser actor, e, quem sabe, pudesse até vir a ser realizador, apesar de ter apenas concluído o nono ano de escolaridade.
Estava ele ainda alheado e absorto nestes e noutros pensamentos, menos edificantes, quando uma voz, que ele, infelizmente, conhecia muito bem, o traz de volta, à barafunda do mercado.
– O mal cheiroso do Fanecas, por aqui!... – exclamou, em voz alta, o filho do cardiologista, Fernando Vasconcelos, o Doutor Luisinho, como lhe chamava, reverenciosa, a fina flor do bairro.
O ódio e a raiva não transbordaram, por pouco; uns instantes mais, e o Fanecas teria explodido farpas de fogo. Não era a primeira vez que o Luisinho saía com o corpo amachucado e dorido, depois de uma troca violenta de palavras. […]
Mas as coisas não podiam ficar assim. O Fanecas estava cansado de ser maltratado e humilhado. Não achava bem a pancadaria; sabia que nada iria resolver, antes pelo contrário, provocaria ainda maior animosidade entre os dois. Mas uma lição o Luisinho tinha de apanhar, e aquele era o grande dia. […]
De regresso a casa, preparava-se para ouvir a avó. Não ia resmungar, pois sabia que não tinha razão. A avó era a única pessoa certa na sua vida. Amava- -a, mas não podia continuar a não fazer nada por ela. Tinha ouvido falar que a CAIS ia abrir um centro com as mais variadas artes. Quem sabe, aí pudesse dar asas ao seu sonho de um dia vir a ser actor ou até realizador de cinema. A decisão de levar as coisas mais a sério estava tomada.

O Fanecas

de Henrique Pinto

Propriedade Descrição
ISBN: 9789898160485
Editor: Padrões Culturais
Data de Lançamento: junho de 2009
Idioma: Português
Dimensões: 135 x 193 x 5 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 64
Tipo de produto: Livro
Coleção: Textos Extraordinários
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Contos
EAN: 9789898160485
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