O conhecimento do liberalismo monárquico em Portugal não é possível sem o entendimento do papel da Igreja católica no interior do sistema político. Este livro equaciona a história do relacionamento entre o Estado e a instituição eclesiástica no quadro da subordinação da esfera espiritual ao braço secular. O enraizamento e a consolidação do Estado-Nação encerraram um drama institucional resultante de uma tensão permanente entre as duas instâncias que consubstanciavam o sistema de poderes configurado na Carta Constitucional de 1826. Apesar disso, o Estado católico desempenhou um papel de vanguarda até à década de 70 e, em certa medida, moldou a sociedade portuguesa, impelindo-a na via do progresso. Neste longo ciclo histórico, a Igreja nunca chegou a ser completamente dominada pelo poder político e, por este motivo, não desempenhou plenamente as funções que os liberais lhe tinham atribuído. Nessa medida, a instituição não pode ser vista como uma mera componente ideológica ao serviço do liberalismo. Contudo, apesar das contradições político-eclesiásticas, não deixou de contribuir para a formação de um consenso social em torno da monarquia constitucional. Vítor Neto, licenciado em História, doutorou-se em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de Coimbra. É professor auxiliar do Instituto de História e Teoria das Ideias da Faculdade de Letras desta Universidade e investigador do Centro de História da Sociedade e da Cultura. Actualmente, ensina Cultura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789722708845 |
Editor: | INCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda |
Data de Lançamento: | abril de 1998 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 139 x 200 x 53 mm |
Páginas: | 622 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > História > História de Portugal |
EAN: | 1002030100001 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |