«Desde Platão que os diálogos são uma excepcional forma de comunicação.
E as parábolas, desde os Evangelhos, são usadas para transmitir
preceitos morais. A ironia é a forma por excelência de concretizar a
párabola, pois é das coisas sérias que nos devemos rir. Ridendo castigat
morus, já diziam os romanos. Em O Corrupto e o Diabo, Paulo
Morgado coloca o Diabo a dialogar com o Corrupto, usando a ironia
de uma parábola para nos fazer perceber a corrupção e para nos mobilizar
para lutar contra ela. O retrato que nos faz Paulo Morgado é do
"corrupto português", uma espécie de corrupto médio, pois os nossos
corruptos não são muito sofisticados e brilhantes. Entre nós a corrupção
nunca poderia ser considerada como uma arte. A corrupção é em
Portugal considerada apenas como um crime de perigo: só é perigosa
quando se é apanhado. O Diabo, esse, como convém a um anjo caído,
revela a inteligência, a malícia, a frieza e a determinação que se
espera. E o texto lê-se sempre com um sorriso nos lábios, um amargo
na boca e uma revolta no peito. O que não é pouco. Até porque, aqui,
toda a semelhança com a realidade não é pura coincidência.»
José Miguel Júdice
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789722034791 |
Editor: | Dom Quixote |
Data de Lançamento: | novembro de 2007 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 156 x 236 x 2 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 104 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | História & Sociedade |
Classificação temática: | Livros em Português > Ciências Sociais e Humanas > Sociologia Livros em Português > Literatura > Ensaios |
EAN: | 9789722034791 |
Sátira real!!
Francisco Morgado
Torna-se um texto muito acessível de ler e prazeroso pois na verdade é uma sátira que na verdade consegue ser bem real!!