Morte de Uma Estação
de Antonia Pozzi
Sobre
o LivroExcertos
Pausa
Parecia-me que este dia
sem ti
devia ser inquieto,
escuro. Em vez disso está repleto
de uma estranha doçura, que aumenta
com o passar das horas –
quase como a terra
após um aguaceiro,
que fica sozinha no silêncio a beber
a água caída
e pouco a pouco
nas veias mais profundas se sente
penetrada.
A alegria que ontem foi angústia,
tempestade –
regressa agora em rápidas
golfadas ao coração,
como um mar amansado:
à luz suave do sol reaparecido brilham,
inocentes dádivas,
as conchas que a onda
deixou sobre a praia.
Parecia-me que este dia
sem ti
devia ser inquieto,
escuro. Em vez disso está repleto
de uma estranha doçura, que aumenta
com o passar das horas –
quase como a terra
após um aguaceiro,
que fica sozinha no silêncio a beber
a água caída
e pouco a pouco
nas veias mais profundas se sente
penetrada.
A alegria que ontem foi angústia,
tempestade –
regressa agora em rápidas
golfadas ao coração,
como um mar amansado:
à luz suave do sol reaparecido brilham,
inocentes dádivas,
as conchas que a onda
deixou sobre a praia.
Opinião
dos leitoresDetalhes
do Produto
Morte de Uma Estação
ISBN
0000011480556
Editor:
Averno
Idioma:
Português
Dimensões:
133 x 176 x 14 mm
Páginas:
176
Tipo de Produto:
Livro
Classificação Temática:
Livros em Português
> Literatura
> Poesia
Sou adepto da poesia confessional desde que viciei na literatura. Dentro desta área, Pozzi é sem dúvida autora de destaque, ainda que o seu nome não seja muito conhecido. Uma leitura bastante necessária, repleta de passagens belíssimas que merecem ser lidas e lidas de novo.