Memorial de Aires

de Machado de Assis

editor: Cotovia, janeiro de 2003
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Memorial de Aires (1908) é o último romance de Machado de Assis, e o segundo atribuído ao último dos seus autores ficcionais, o conselheiro Aires, diplomata aposentado que já aparecera no romance anterior, Esaú e Jacó (1904). Aqui, encontramos o diário do conselheiro nos anos de 1888 e 1889, curso de anotações em que Aires segue e comenta sobretudo a vida do velho casal Aguiar e as peripécias da peculiar relação com a bela viúva Fidélia e o jovem Tristão. Ainda digressivo e irónico, vive mais da escrita do que do enredo, magistralmente tecido sem tensões nem conflitos. Prevalece a melancolia sobre a galhofa, mas sempre num tom de serenidade e com uma agudeza que fazem de Memorial de Aires um dos mais belos testemunhos da velhice da literatura em língua portuguesa. Esta edição pretende reanimar um romance e um autor de enorme qualidade e importância para as literaturas de língua portuguesa, fazendo-o com a qualidade e fidelidade a que os Livros Cotovia habituaram os seus leitores.

Memorial de Aires

de Machado de Assis

Propriedade Descrição
ISBN: 9789727950591
Editor: Cotovia
Data de Lançamento: janeiro de 2003
Idioma: Português
Dimensões: 129 x 203 x 17 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 180
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789727950591
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O Prazer da Leitura

Carlos Jardim

Como sempre, o prazer da leitura está subjacente à escrita de Machado de Assis. A ler.

Machado de Assis

Machado de Assis é filho de pai mulato carioca e mãe açoriana. O escritor brasileiro nasceu no Rio de Janeiro em 1839 e morreu em 1908. Autodidata e ambicioso, tornou-se um clássico da língua portuguesa. Os primeiros poemas foram publicados na imprensa, seguindo-se-lhes crónicas, contos, romances e ensaios críticos. O seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, foi publicado em 1864 e o seu primeiro romance, Ressurreição, em 1872. Iniciando a sua atividade literária em pleno Romantismo, tornou-se o autor mais importante da nova estética do Realismo e foi ainda contemporâneo do Parnasianismo e do Simbolismo. Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881) corresponde à fase do Realismo psicológico, em que o autor vai mostrar a ambiguidade fundamental do ser humano, a incapacidade humana de conhecimento do real, substituindo-o, assim, por uma mistificação. Esta demonstração é muito mais subtil do que a análise dos meros mecanismos hereditários e sociais próprios do Naturalismo. Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Esaú e Jacob (1904) e Memorial de Aires (1908), são as obras-primas deste período. Por elas perpassa uma trágica ironia a par com uma visão sem ilusões da sociedade urbana carioca.

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