Jesus Cristo Bebia Cerveja Livro
de Afonso Cruz
Prémios Time Out Lisboa 2012 - Livro do Ano
15,90€ i
12,72€
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Sobre
o Livro
Sinopse
Uma pequena aldeia alentejana transforma-se em Jerusalém graças ao amor de uma rapariga pela sua avó, cujo maior desejo é visitar a Terra Santa. Um professor paralelo a si mesmo, uma inglesa que dorme dentro de uma baleia, uma rapariga que lê westerns e crê que a sua mãe foi substituída pela própria Virgem Maria, são algumas das personagens que compõem uma história comovente e irónica sobre a capacidade de transformação do ser humano e sobre as coisas fundamentais da vida: o amor, o sacrifício, e a cerveja.
Críticas de imprensa
«A bela escadaria da Livraria Lello remete para a obra de Afonso Cruz, (...) um escritor capaz de tocar várias cordas na sua guitarra. Jesus Cristo bebia cerveja é um romance transgénero: uma tragédia rural, rude e desesperada, uma história bucólica — a que não falta um pastor rústico e uma jovem que se banha nua no rio —, uma fábula política e ainda uma farsa. Joga em todos estes registos romanescos e desafia todas as convenções. (...) todas as personagens deste romance decididamente surpreendente, vítimas de uma fatalidade mais poderosa do que a sua vontade, irão bebê-la até à última gota, até às borras.»
Éric Chevillard, Le Monde
«Jesus Cristo Bebia Cerveja é um romance colorido e extraordinariamente inteligente. Cruz usa uma linguagem multiforme, ousada, irónica, afiada. E densa.»
Giovanni Dozzini, Europa
Éric Chevillard, Le Monde
«Jesus Cristo Bebia Cerveja é um romance colorido e extraordinariamente inteligente. Cruz usa uma linguagem multiforme, ousada, irónica, afiada. E densa.»
Giovanni Dozzini, Europa
Opinião
dos leitoresDetalhes
do ProdutoJesus Cristo Bebia Cerveja
ISBN: 9789896721336
Edição: 08-2012
Editor: Alfaguara Portugal
Idioma:
Português
Dimensões: 145 x 228 x 23 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 248
Tipo de Produto: Livro
Classificação Temática:
Livros em Português
> Literatura
> Romance
Quem já leu Afonso Cruz, sabe que é constantemente brindado com recursos estilísticos recorrentes na mesma frase ou frases e/ou ao longo do texto. É algo intrínseco a este autor. Para quem ainda não leu nenhum dos seus livros e vai começar, deve ter em consideração este factor, pois na verdade é um livro onde se faz analogias, referências e onde, em suma, se utilizam bastantes recursos estilísticos para se explicar a história. Certas vezes com ironia outra vezes de forma nua e crua. Podia dizer-se que se aplica a regra do 8 ao 80. Para mim o facto de ser extravagante, diferente e exagerado torna a história uma colheita de loucura das boas!!! Ao mesmo tempo, este livro, utiliza ironia, com tom de crítica, o que nos faz pensar nas mensagens que a história e o autor nos estão a transmitir. Assim, o leitor deve ter em consideração estes aspectos antes de o adquirir. Sobre o livro: Em Jesus Cristo Bebia Cerveja, podemos dizer que existem 5 personagens principais que fazem esta história: Antónia (Avó de Rosa), Rosa (neta de Antónia), o pastor Ari (grande amigo de Rosa), o Professor Borja e Miss Whitemore (chamada a Inglesa, e de certa forma algo importante na história). Na sua essência, somos introduzidos pela história de Rosa, neta de Antónia que está responsável por cuidar de Antónia e onde, ao longo da história, somos informados quer da vida de Rosa quer da abordagem de outras personagens. A história foca-se em Antónia, mulher com uma certa idade, mas que tem um único e último desejo. Ir um dia à terra prometida (Jerusalém) antes de falecer.É aqui que Rosa e associados terão um papel fundamental e realizar este desejo. Para o conseguir e com ajuda de outros intervenientes e do professor Borja escritor e habituado a transcrever histórias de ficção que reflectem a realidade, decide transformar a realidade em ficção, uma ficção no seu sentido, uma falácia como num espectáculo de magia onde a maior parte dos adereços do espectáculo (não) estão visíveis a olho nu. É aqui que Afonso Cruz consegue destacar-se e dar asas à imaginação. É aqui que se consegue ver o que é um escritor e o que é realmente um grande escritor. "-Tudo o que ela quer é ir À Terra Santa- chora Rosa- é só isso que ela quer. Ver Jerusalém e depois morrer. -É difícil. Como é que a fazemos chegar lá? -É impossível. (...) -Mas, tal como é possível não pisar a merda, é possível dar valor ao impossível. O que há a fazer é leva-la a Jerusalém. - Impossível. Nós somos pobres. - Claro, como quase toda a gente. - Trabalhamos, mas continuamos na miséria. -Evidentemente. Se o trabalho desse dinheiro, os pobres seriam ricos. Mas não é disso que falo". (...) "-Se nós não conseguimos chegar a Jerusalém, temos que fazer com que Jerusalém chegue até nós" Uma descrição de peripécias e sobressaltos de um enredo que dá uma reviravolta muito grande no final, que nos mostra que quando algo é impossível e caricato, pode ser idealizado e tornado real. Em suma: Rosa e Borja numa aldeia alentejana Cuidam da avó Antónia, a mulher puritana Antónia esta, que mal consegue caminhar Surda e cansada, sente um desconforto, um mau estar. Mas Antónia está certo do último desejo da sua vida Ir a Jerusalém, ir à terra prometida Sem dinheiro, Rosa e Borja terão que pensar Num espectáculo de disfarces, para a Jerusalém a avó levar Mas de tantas certezas que por lá existia Quiçá Antónia não sairá do seu lugar, sem comprometer a profecia.
Há muito tempo que não lia um livro que me prendesse assim. Li-o em 3 dias, a última metade de uma assentada só. Adorei a escrita e os capítulos curtos, que nos fazem querer ler "só mais um, só mais um". Foi o primeiro que li do Afonso Cruz e gostei tanto que, a seguir, comprei logo o Para Onde Vão Os Guarda-Chuvas.
O autor utiliza um basto leque de personagens— todas elas bastante completas— para não raras vezes se distanciar do argumento principal da obra e fazer reflexões filosóficas e culturais altamente pertinentes. Um romance que nos surpreende a cada virar de página.
Que livro genial! Adoro a forma como o Afonso Cruz escreve. Há muito tempo que andava para ler alguma das suas obras e decidi começar por esta. Agora tenho que ler todas as outras, porque realmente a escrita é apaixonante. E o mote para o livro? E o enredo? Absolutamente fantásticos! Escritor original e inteligente.
Jesus Cristo bebia cerveja é tem um enredo muito original, mais do que isso , adorei a forma como o autor escreve, as analogias, a forma simples como aborda pensamentos filosóficos e os recursos expressivos que utiliza. Quero ler mais livros deste autor.
A ficção portuguesa contemporânea está cheia de grandes escritores com uma capacidade enorme de aborrecer os leitores com más ideias para romances. Com este livro, provavelmente o seu melhor, Afonso Cruz volta a provar que é possível a um grande escritor desvelar uma narrativa baseada numa premissa genial: a representação de Jerusálem em pleno Alentejo. Uma espécie de "Cristo Recrucificado" de Kazantzakis, mas com humor. É sem dúvida um dos acontecimentos literários dos últimos anos em Portugal e merece todos os prémios que lhe têm sido atribuídos.
Estou a ficar cada vez mais encantada com este autor, o humor dele é uma maravilha. A sensibilidade, simplicidade e profundidade dos livros dele só podem vir de uma pessoa genial. É o terceiro livro que leio e continuo a rir com o seu sentido de humor e a preencher a minha alma com a humanidade das personagens. Muito bom, sem duvida quero continuar a ler mais obras dele.
Não li muitos livros este ano, mas este foi sem dúvida o mais completo, alimenta o corpo e a alma.
Gostei do livro embora a forma simples como o autor se relaciona com as personagens, acaba por dar a esta obra um interesse fabuloso, a visão diferente de Jesus torna esta escrita divertida, mas sem ser abusiva.