História da União Europeia
de Juan Manuel Uruburu Colsa e Rogelio Pérez-Bustamante
Sobre
o Livro"O primeiro de Maio de 2004 é um dia histórico para a Europa. E o dia em que acolhemos na nossa família da União Europeia dez novos Estados-membros e setenta e cinco milhões de novos cidadãos. Cinco décadas após o início do grande projecto de integração europeia, deixam de existir de uma vez por todas as divisões da guerra-fria." Com estas palavras o Presidente da Comissão Europeia Romano Prodi, num recente discurso, sublinhava a culminação de um processo fundamental para a história europeia, como é a formação de uma União Europeia composta por 25 membros comprometidos por um conjunto de objectivos políticos, jurídicos e económicos comuns. Este processo supõe a formação do maior bloco mundial de integração regional com uma população de mais de 450 milhões de pessoas e um território que abrange desde o Oceano Atlântico até às fronteiras ocidentais da antiga União Soviética. A União Europeia constitui uma realidade cujas dimensões e projecções começam a tornar difícil o estabelecimento de um elo de ligação entre aquelas ainda tímidas experiências de integração económica iniciadas com o Tratado de Paris em 1951, e os de Roma em 1957 e o estado actual da construção europeia. Por este motivo consideramos que era chegado o momento de realizar uma obra sobre a história de este percurso onde sintetizar o essencial de aqueles factos que impulsionados pelo firme empenhamento de um conjunto de pessoas que hoje em dia são reconhecidos como "visionários europeistas" possibilitaram o desenvolvimento do que na opinião de muitos já foi a maior experiência de integração regional do século XX. Esperamos que estes dados possam servir como contributo para uma reflexão sobre uma realidade que, longe de estar definitivamente constituída encontra-se numa constante evolução na procura perpétua dos seus próprios ideais, numa lógica que bem pode ser descrita através das palavras que mais de meio século atrás proferiu o grande europeista Jean Monnet: "Nós sabemos (...) que as civilizações, mesmo as mais brilhantes, se elas não criarem os meios para se manter e se desenvolver ao ritmo de um mundo em progressão, estão em perigo de morte."