Feriados em Portugal
Tempos de memória e de sociabilidade (2ª Edição)
de Luís Reis Torgal e Luís Oliveira Andrade
A concepção de feriados cívicos começou a surgir com o Liberalismo, vindo a consolidar-se no âmbito da celebração dos centenários e do debate sobre o descanso semanal, no final do século XIX e no início do século XX. Mas na Corte, antes e depois de 1820, celebravam-se os "dias de gala", de carácter real, cívico ou religioso.
Em 1910 surgiu o plano dos feriados da República, em que não foram incluídos os dias santos, tendo em conta o processo de laicização. E esse sistema manteve-se na Ditadura e no Estado Novo, em que os feriados tiveram um sentido nacionalista, só se podendo falar de feriados religiosos em 1952.
Com o 25 de Abril de 1974, para além de se tentar recriar a memória dos feriados anteriores, procurou criar-se e activar-se as festas do trabalhador e da liberdade (o 1.º de Maio e o 25 de Abril) e dar aos feriados municipais uma dimensão popular. Só agora se verificou uma viragem de paradigma, pois em 2011-2012, ainda no âmbito do Centenário da República, surgiu uma justificação simplesmente económica para reduzir os feriados oficiais. Para além do Corpo de Deus e de Todos os Santos, foram extintos dois feriados cívicos que simbolizam valores essenciais, o da Republica e o da independência de Portugal.
ISBN: | 9789892605371 |
Editor: | Imprensa da Universidade de Coimbra |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 171 x 236 x 16 mm |
Páginas: | 282 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > História > História de Portugal |
EAN: | 9789892605371 |
Feriados/Comemoração
JM
Excelente obra que nos oferece uma leitura acerca das comemorações e do sentido da recordação.
Comentário ao livro
Brígida Sineiro
É um livro bastante organizado que não só nos explica a origem dos feriados, como também nos apresenta algumas curiosidades subjacentes aos mesmos. Permite-nos perceber e desmistificar alguns conceitos formados sobre feriados religiosos, nomeadamente alguns que desconhecemos a razão da sua existência. Útil para a abordagem ao tema dos feriados, presente no programa de Estudo-do Meio (1º CEB), para que não passemos conceções erróneas.