Estou Viva, Estou Viva, Estou Viva

Este livro mexeu comigo de uma maneira que não estava a contar. Li-o sofregamente e compreendi grande parte das reflexões da autora. Ao mesmo tempo que vamos lendo os seus relatos das mais variadas, sentimos a sua vulnerabilidade, os seus medos, entendemos o seu processo de racionalização e identificamo-nos em algumas situações descritas também. O último capítulo foi de tirar o fôlego!

Só de pensar que isto é uma história verdadeira até me dá arrepios. Que testemunhos! Várias vezes veio a lágrima ao olho. É um livro fascinante e para quem gosta de se emocionar tenho a certeza que este é o livro indicado.

É muito difícil largar este livro assim que o começamos a ler. Maggie O’Farrell escreve com uma autenticidade pouco comum e essa faceta genuína e transparente cativou-me imenso. Ainda que se tratem de situações factuais que nos estão a ser relatadas, a autora fá-lo com uma extrema sensibilidade e uma escrita que parecem setas apontadas ao nosso coração. Fiquei com a sensação que este livro, nas mãos de um escritor menos hábil, seria pouco mais que banal; Maggie O’Farrell transforma-o numa notável celebração da vida contra todas as adversidades.

Muito bem escrito. Um livro para refletir que nos faz repensar a forma como vivemos.

Este livro é absolutamente fantástico e assustador ao mesmo tempo. De escrita acessível e cativante, cada história da autora é nada mais nada menos que um encontro com a morte, e cada uma delas é uma lição que nos faz colocar várias coisas em perspetiva. Um livro que recomendo imenso!

Livro narrado pela autora que consegue “ultrapassar” várias vezes a morte, quando tudo o que lhe aconteceu, se adivinhava um desfecho fatal! A autora consegue-nos transmitir todo o sofrimento que passou, fazendo com que o leitor sinta a sua ansiedade! Um livro com relatos incríveis de uma mulher muito forte - a nao perder!

começo por dizer que para quem está a pensar em não ler por ser não-ficção, por favor leiam, porque para ser sincera parece que estamos a ler pequenas histórias/contos como se fosse realmente ficção. a escrita é tão bonita, tão maravilhosa, tão fluida. estou apaixonada pela escrita da Maggie O’Farrell e quero ler tudo o que esta senhora escreve. há tanto sentimento, tanta emoção, tanta vivência. Maggie O’Farrell é um espírito livre, que viajou pelo mundo, com experiências fora de série que dão na verdade para escrever um livro. é impossível não ficar completamente agarrada/o depois de ler a primeira história que Maggie nos conta. nem por um momento senti que queria que este livro acabasse, só queria continuar a ler. só quero que a Maggie continue a escrever. estou mesmo muito curiosa por experimentar um livro ficção dela e quero imenso ler Hamnet. por fim… porque será que este livro me agarrou tanto? talvez pelo seu núcleo, pelo que trata, pelo que nos dá. porque a morte é um tema que a mim me diz muito. não por ter passado por algo semelhante, mas por ter tido de lidar com a morte, por ter de lidar com o luto todos os dias da minha vida. e porque no fim de contas, a morte é o que temos mais certo e vivemos sem pensar nela, com medo dela, a achar que somos infinitos, quando somos tão frágeis, quando de um momento para o outro tudo pode mudar. para mim ler livros deste género faz-me pensar na finitude da vida, faz-me pensar que tenho de aproveitar esta vida.

“Respirei fundo e ouvi o bater do meu corac¸a~o. Estou viva, estou viva, estou viva” Sylvia Plath, “A Campa^nula de Vidro” Provavelmente todos no´s, ao longo da vida, ja´ nos cruza´mos de alguma forma com a morte. Quantas vezes? Uma? Duas? Dez? Talvez dezassete ... Maggie O’Farrell relata-nos, de uma forma surpreendente, dezassete experie^ncias pessoais, em que a morte passou por ela, conseguiu senti-la, ali, ta~o perto, e conseguiu tambe´m fazer-me sentir e visualizar, cada um destes encontros descritos de um modo ta~o real, intenso, por vezes tenso e sufocante, atrave´s de uma escrita simples, verdadeira, brilhante. Nunca tinha pensado em situac¸o~es, que poderiam ter corrido mal, desta maneira, e dei por mim a lembrar-me daquela vez, e da outra...a anotar mentalmente, uma a uma, e a pensar com grande ali´vio, “estou viva”!! Adorei tudo neste livro, a ideia, a mensagem, as ilustrac¸o~es, da capa e do ini´cio de cada para´grafo, e adoro acabar uma leitura e querer ja´ ler tudo o que a autora escreveu por me ter apaixonado pela escrita dela...acho que “Hamnet” sera´ um dos pro´ximos. “Quando e´s crianc¸a, ningue´m te diz: vais morrer. Tens de descobrir isso por ti. Algumas pistas sa~o: a tua ma~e a chorar e, depois, a fingir que na~o estava a chorar; na~o deixarem os teus irma~os virem visitar-te; a expressa~o de preocupac¸a~o, gravidade e um certo fasci´nio com que os me´dicos olham para ti; a maneira como as enfermeiras se esforc¸am por na~o te olharem nos olhos; familiares que ve^m de muito longe para te verem. Quartos de hospital isolados, procedimentos me´dicos invasivos e grupos de estudantes de Medicina tambe´m sa~o sinais claros. Ver ainda: presentes muito bons.”

Fantástico livro de memórias. Pouco convencional, retrata 17 experiências de quase morte que a autora ultrapassou. É um livro que nos prende, do início até ao fim.

Uma escrita inebriante, relatos narrados pela autora que consegue iludir a morte por diversas vezes e transmitir ao leitor toda a angústia, sofrimento, adrenalina e capacidade de superação. Uma mulher forte, um exemplo de vida, onde sem dúvida a realidade consegue superar a ficção. Recomendo!