Ensaios Facetos
SINOPSE
Acaba de sair um novo livro seu: "Ensaios Facetos". Irónicos, gozadores, bem humorados, profundos. Uma lufada de ar fresco no meio de um cinzentismo crítico, apesar de já por aí aparecerem alguns oásis.
"Em sentido muito lato, chama-se faceto ao que não é sério: um ensaio pode ser faceto sem nada perder de essencial? Sendo análise, averiguação, exame, indagação, procura, o ensaio ganha se além disso for brincalhão ou galhofeiro, gozador ou jocoso, pilhérico ou zombeteiro?
Os textos que compõem este livro acreditam no ensaio genuinamente faceto e, em modalidades diversas, ilustram a possibilidade de o estruturar segundo um princípio de galhofa. A defesa do sentido de humor é hoje uma trivialidade. Mas hoje também, uma batalha provavelmente perdida: a "opinião", que se basta em ser plausível, prefere o sisudo e aliás confunde-o com profundidade. O humor então prejudica, porque divide, corrói evidências, sugere alternativas, abala familiaridades. Daí que o ensaio, algumas vezes, só se torne ensaio por meio de facécia."
Abel Barros Baptista
CRÍTICAS DE IMPRENSA
"Qual é o ensaísta português que cita Roman Jakobson e Homer Simpson? Que escreve "carago" e "adrede"? Que eu saiba, só um: Abel Barros Baptista. Na esteira de A Infelicidade pela Bibliografia (2001), Ensaios Facetos reúne um punhado de exercícios de humor e erudição para pessimistas lúdicos. Estes textos, mais crónica que ensaio, foram publicados na revista LER e na extinta Ciberkiosk, sendo outros inéditos.
[...]Abel Barros Baptista observa a literatura "de fora", porém vendo "de dentro". De facto, o que os ensaios facetos analisam não são textos literários mas instituições e rituais do reino da literatice. Lançamentos, maledicências, cânones, inquéritos, congressos, curricula, e sobretudo a crítica literária, criatura arcaica que Abel gosta de atazanar. De certo modo, ABB faz nestes textos o que David Lodge usa nos seus romances: gozar com o pagode, sobretudo se o pagode for literário e portanto razoavelmente bisonho. Com efeito, convém dizer que nesse discurso ficamos por vezes longe do domínio reconhecível do ensaio ou da crónica, e temos em vez disso monólogos teóricos deliciosos.
[...] temos abundantes ocasiões para a galhofa nestes ensaios, seja porque o tema tratado é de si patusco, seja porque o ensaísta leva todos os temas às raias do absurdo. Há um estilo Monty Python em ABB: cada exemplo é esmiuçado de forma por vezes assumidamente rebuscada e levada ao exagero, produzindo um efeito muito mais forte do que um ensaio "vulgar" (isto é: sem facécias). O "humor" tem algo de banal, mas aqui desdobra-se em truques retóricos, como repetições e parêntesis, mas sobretudo num tom geral de divertimento culto, com teses sobre o "ensaio infantil", o "cânone da cama" ou o funcionalismo público como paraíso dos escritores. Só lendo."
Pedro Mexia, Diário de Notícias
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789727950935 |
Editor: | Cotovia |
Data de Lançamento: | abril de 2004 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 128 x 203 x 26 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 148 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Ensaios |
EAN: | 9789727950935 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
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