Elegia Para um Caixão Vazio

de Baptista-Bastos

editor: Oficina do Livro, outubro de 2009
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Um homem quer escrever sobre uma revolução que se perdeu a si mesma. Não sabe, ainda, que a História é uma deusa cega, e também desconhece que escreve sobre os desencantos da sua geração. Ele julgou que tudo era permitido, porque tudo possuía à altura dos sonhos dos homens.

Escreve a noite, o homem, com a tenacidade de quem acreditou na construção de um novo laço social. Escreve na noite, rodeado da família, recupera a memória das coisas e, por vezes, essa memória é um desfile de sujidade, de medos, de álcool e de sexo, como fugas ninguém sabe muito bem para onde.

Crónica de uma geração, Baptista-Bastos juntou, ao mural da sua época, um outro quadro, no qual a dignidade humana se identifica com a identidade pessoal e a identidade social. Elegia para um caixão vazio é uma elegia para todos nós.

«É, sem frases, um livro notabilíssimo que nos toca, nos prende, nos comove, um livro de libertação e de vida.»
Eduardo Lourenço

«A maestria da escrita, a subtileza dos trânsitos de um ‘estilo’ para o outro, o modo como a duplicidade do dizer nos vai envolvendo e compelindo a ler são também testemunhos, mas de uma outra verdade: a maturidade de um escritor. Um livro que eu diria ser obrigatório ler.»
Maria Lúcia Lepecki

«Neste livro vai um risco tão evidente e desamparado de um homem se pôr em jogo, no essencial das suas opções e do seus valores, que tudo que possa ser, ou parecer, desacerto, se converte, aqui, na autenticidade, muito contagiante de quem, como todos nós, tem uma urgência de dizer. Vale a pena acompanhá-lo nesta aventura.»
Eduardo Prado Coelho

Elegia Para um Caixão Vazio

de Baptista-Bastos

Propriedade Descrição
ISBN: 9789895554706
Editor: Oficina do Livro
Data de Lançamento: outubro de 2009
Idioma: Português
Dimensões: 153 x 234 x 9 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 148
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789895554706
Baptista-Bastos

Nascido em Lisboa, em 1934, e faleceu em maio de 2017, também na capital.
Jornalista de profissão, como ficcionista tem-se distinguido por uma estética que, na esteira do neorealismo, evoluiu para a representação da cidade e dos seus problemas, na procura de formas de estar no mundo, numa escrita poeticamente fragmentária que, evidenciando a influência de Raul Brandão, se caracteriza pela dissolução dos materiais da ficção e pela fusão entre o domínio onírico e o domínio social.
Bibliografia: As Palavras dos Outros, 1969; Cidade Diária, Lisboa, 1972; Capitão de Médio Curso, Lisboa, 1977; Caminho e Outros Poemas, s/l, 1951; O Secreto Adeus, Lisboa, 1963; O Passo da Serpente, Lisboa, 1965; Cão Velho Entre Flores, Lisboa, 1973; Viagens de um Pai e de um Filho pelas Ruas da Amargura, Lisboa, 1981 (posfácio de Óscar Lopes, na edição de 1986); Elegia para um Caixão Vazio, Lisboa, 1984; A Colina de Cristal, Lisboa, 1987; Um Homem Parado no Inverno, Lisboa, 1991; O Cavalo a Tinta-da-China, Lisboa, 1995; O Cinema na Polémica do Tempo, 1959; O Filme e o Realismo: sete ensaios em busca de uma expressão, Lisboa, 1963

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