Distância de Segurança
de Samanta Schweblin
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Sobre o livro
Sobre
o Livro«Eu penso sempre no pior dos casos. Agora mesmo estou a
calcular quanto tempo demoraria a sair a correr do carro e a
chegar até junto da Nina se ela de repente corresse até à
piscina e se atirasse. Chamo-lhe "distância de segurança", é
assim que chamo a essa distância variável que me separa da
minha filha, e passo metade do dia a calculá-la, embora
arrisque sempre mais do que devia.»
Amanda está às portas da morte numa cama de hospital. A seu
lado, a fazer-lhe companhia, está um menino chamado David.
Juntos contam-nos uma história de toxinas, desespero e do
poder da família.
Num apaixonante primeiro romance, Samanta Schweblin
coloca-nos repetidamente perante questões que optamos por
evitar: Existe algum apocalipse que não seja pessoal? Qual é o
ponto exato em que, sem o sabermos, damos um passo em
falso e nos condenamos? Até onde nos é possível controlar o
mundo em redor? Distância de Segurança é um relato
hipnótico e vertiginoso sobre o amor e a perda, sem medo de
mostrar que nada é um cliché quando, no final, acaba por nos
acontecer.
Este livro apresenta um enredo denso, apesar do reduzido número de personagens que vivem em torno de um rio poluído - origem da morte, gradual, de animais e pessoas. Há, no entanto, uma que sobrevive graças a dons estranhos da «habitante da casa verde». Os tempos diversos e as vozes intercalares no desenrolar da ação, prolongam a dúvida e enriquecem uma expectativa sobre como terminará a história até ao fim do livro.
Samanta Schweblin, com a sua colectânea de contos"pássaros na boca" ( cavalo de ferro,a óptimo preço aqui neste site) conseguiu impor-se num caminho difícil e improvável. A qualidade inegável da escrita,mas, sobretudo, a prodigiosa imaginação, rapidamente tornaram inevitável a colagem ao universo de J.L Borges. E de forma inteiramente meritória. Distância de segurança é a sua estreia num formato mais longo ( não muito) , estendendo o fascínio sem perder nenhum dos predicados que tinha mostrado. Uma minuciosa gestora da psique do leitor, Schweblin parece conseguir dosear como ninguém a informação que dá é a que apenas sugere. Todo o livro é estruturado num diálogo entre duas personagens, magistralmente conduzido,que nos ilumina,aterroriza e prende. Que se procure epílogo ou catarse,para este livro extraordinário e incontornavel