Devaneios
Vozes em silêncio cantam em uníssono
SINOPSE
Os Devaneios não obedecem a regras, navegam no mar do caos ao sabor dos ventos da fantasia. Cada Devaneio é um ato de devanear nas areias movediças do abstrato.
Nos Devaneios "soltam-se vozes em silêncio, adentro do ébrio sonho, cantam em uníssono, Liberdade, Infinito,Vontade."
DETALHES
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789895160563 |
Editor: | Chiado Books |
Data de Lançamento: | dezembro de 2015 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 138 x 220 x 9 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 104 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | Prazeres Poéticos |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Poesia |
EAN: | 9789895160563 |
OPINIÃO DOS LEITORES
Reflexão crítica de Naidea Nunes, docente da Universidade da Madeira
Adelino Gonçalves
Devaneios - Vozes em Silêncio cantam em Uníssono A liberdade da criatividade no sentido da vida, o medo e o sentir telúrico, nas carícias da terra e do vento. A montanha e o céu, “orvalho matinal” e a contradição da vida – coração e razão, todo e nada, caos e harmonia. O espaço, a terra, os planetas, o cosmo, no todo a fusão da luz, cor e sentimento, lucidez do poeta ébrio de sensações e sentimentos. A sensibilidade corpórea da primavera: o sol, a brisa e a ternura. O sangue, “anjo mortal”, a “verdadeira natureza do saber” encontra-se no coração, no sentimento. Sangue, vida, morte, luz e noite são a “fronteira do consciente”, “memórias que diluem a razão”. A ignorância opõe-se à elevação das emoções, sensações e sentimentos, à profundidade do sentir. A não razão ou não mente, além da dualidade, revela-se no anseio de unicidade, no “tempo cósmico” infinito, mas também na “confusão” e no “eterno voo”, ao saber que “a vida é um sonho”. Na “instabilidade da emoção” desenha-se “um movimento do coração”, no silêncio de “um lago cristalino”. Na “manhã primaveril”, vozes “que cantam em uníssono”, buscam “liberdade, infinito, vontade”, num grande poema. O “vazio abissal” do cosmos e o “sol de inverno” temperam o caos e o pesadelo, mas também a voluptuosidade e a morte. Corpo e vida divina encontram-se num “limbo” de amor e escuridão. Mais uma vez, o poeta vive o abismo e o caos até chegar à “clarividência” da verdade, face à ilusão que se opõe à realidade. Novamente, a morte, a tristeza, o desespero, da “efemeridade” ao “pudor do amor”. Outra vez, a dor e o prazer, a morte e o amor, a loucura e a ilusão e a “sensação sublime” do desejo da vida, a “erupção”: liberdade da alma, corpo finito e infinito. A solidão é lágrima e a graciosidade surge no sorriso jovial e na tenebrosidade da escuridão, na “lucidez de um relâmpago”. O frio e o calor do “amor golpeado”, na fugacidade da vida. Até que acontece o encontro com a “Flor”, com a realidade da “magia do sonho”. A face e os “olhos açucarados”, o júbilo da chegada à “certeza do amor”. A amada é paixão e amor encontrados divinamente, “um momento no céu da eternidade”, no “mel da sua graciosidade e luminosidade”, na “encruzilhada do destino” do poeta. A sua amada “Rosa” emerge nas “constelações de desejo” e a “fragrância de um sonho azulado” faz “explodir do coração”. A face e o sorriso da amada petrificam-se no “amor delicado e ardente”, na “vontade de amar” e na “beleza cintilante do amor”. Na busca, “era a ti que eu pertencia”, finalmente a unidade no “ser um só”. Juntos, o “êxtase do amor”, os corpos fundem-se na “sinfonia de prazer”: “um sonho que se tornou realidade”.