Desdicionário da Língua Portuguesa Livro
de Luís Leal Miranda; Ilustração: José Cardoso
Sobre
o Livrofranfolho
s. m. | Uma coisa sem nome, de forma indistinta, que só
conseguimos identificar ao apontar e dizer: «É aquilo ali».
A palavra «franfolho» surgiu pela primeira vez num dicionário
em 1977. Não consta nas edições de anos anteriores nem no
léxico de nenhum país de expressão portuguesa.
Vários estudiosos acreditam que «franfolho» surgiu de uma
aposta entre lexicógrafos e há quem defenda a existência de
um prémio para a primeira pessoa a detetar o intruso. Existe
ainda a teoria de que o termo tenha sido incluído no dicionário
depois de uma amarga derrota no Scrabble («franfolho» vale 21
pontos). A tese mais comum, no entanto, é a de que o novo
vocábulo entrou no dicionário para apanhar as editoras que o
andavam a copiar.
«Franfolho» não é a primeira palavra inventada na língua
portuguesa porque todas as palavras antes dela também foram
inventadas. E não é o primeiro erro do dicionário porque já lá
estava a palavra "erro".
O Desdicionário da Língua Portuguesa pretende servir de
estufa para palavras sem raiz etimológica, orfanato para nomes
de ascendência desconhecida ou mapa para a Atlântida dos
significados. Inclui «franfolho» e outras 218 novas palavras
novas que se não fossem inventadas tinham de existir.
Este livro é algo que toda a gente deveria de ter em casa. Não só nos mostra como por vezes usamos a nossa língua erradamente, mas é também uma forma de dar umas boas gargalhadas!
Livro muito engraçado. Gostei bastante.
Um livro extremamente criativo para todas as pessoas que gostem da vida que brota das palavras, quer existam ou sejam inventadas como que num passo de mágica.
Recomendo a todas as pessoas que gostem de usar as palavras para ler e falar.