Como um Romance
de Daniel Pennac
«(…) o melhor que nós lemos, devemo-lo frequentemente a um ser que nos é querido. E é a um ser que nos é querido, que primeiro falaremos. E talvez, muito provavelmente, porque o que é intrínseco tanto ao sentimento como ao desejo de ler, consiste em preferir. Amar é doarmos as nossas preferências àqueles que preferimos. E estas partilhas povoam a invisível cidadela da nossa liberdade. Somos habitados por livros amigos.
Quando um ser querido nos dá um livro a ler, é ele que primeiro procuramos nas linhas, os seus gostos, as razões que o levaram a colocar o livro nas nossas mãos, os sinais de fraternidade. Depois, o texto transporta-nos, e esquecemos quem nos levou a mergulhar nele; é nisto exactamente que reside o poder de uma obra, afastar também essa contingência!
No entanto, os anos passam, e acontece que a evocação do texto recorda-nos a lembrança do outro; alguns títulos transformam-se então em rostos.»
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789892309774 |
Editor: | Edições Asa |
Data de Lançamento: | novembro de 2010 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 124 x 193 x 10 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 174 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Ensaios |
EAN: | 9789892309774 |
O elogio do livro
Maria Pereira
"Como um Romance" desafia o leitor a entrar no mundo maravilhoso da leitura. Escrevinhei estas palavras após a leitura deste livro tão original. Silenciosos amigos, de mundos imaginários sequiosos. Descobridores de verdades assombrosos. Queridos amigos, livros.
Essencial
Alexa
Um fantástico livro que demonstra que podemos cativar até as pessoas mais improváveis para a leitura. Para além disso mostra os nossos direitos, os direitos de um leitor. Todo o leitor deve ter este livro na prateleira, é essencial!
Opinião
Fernanda Carvalho
Ler é importante. Para mim é quase como respirar. Impossível não o fazer. Este livro fala-nos disso mesmo, e da luta que nós pais, e professores, devemos de ter e temos, para incutir o gosto da leitura nas nossas crianças. Indispensável para quem ama ler.
leitores, leitura e prazer de ler
Biblioteca Municipal de Penamacor
De uma forma que eu chamaria familiar e descontraída, Daniel Pennac fala-nos sobre leitura, e, essencialmente, sobre o prazer de ler. Penso que a simplicidade com que o livro foi escrito nos cativa a pôr em prática algumas das ideias, nos impele a experimentar esse prazer de ler. E mais, ficamos com vontade de exercer todos os direitos do leitor!! :-) Bastante bom.
Não deixar de ler
Ana Grave
Muito mais fácil do que aprender a ler é deixar de ler. Muito mais importante do que a palavra escrita parece ser a palavra dita como motivadora para a necessidade de ler e de escrever. Pennac conta-nos essa fuga da leitura como retaliação pela obrigatoriedade do livro que se apresenta sem tempo, sem magia e sem desafio. Preservar o gosto pelas histórias, ler e reler romances, vaguear na fantasia parece ser fundamental para despertar o interesse pelo saber e fomentar perguntas que podem levar ao mundo da ciência e à terra dos porquês... Perder tempo na leitura é perder tempo a partilhar mundos imaginários, a criar diálogos e a inventar pessoas feitas de letras, mas também de palavras que se despojam da escrita e falam de sentimentos reais destas personagens concretas que são pais e filhos, professores e alunos, crianças e adultos. O segredo da leitura é o segredo do labirinto onde há um iniciado e um mestre que abandona o pupilo a meio do percurso. Vitorioso é o aluno que chega ao fim e só nesse instante descobre que o mestre já não estava lá há muito tempo!
Analítico
Carlos Manuel Caeiro.
Nós não lemos. Ou já não lemos, ou seria melhor dizer que ainda não regressámos à leitura? De qualquer forma tudo isto pode ser tratado na forma romanceada, tal como a vida (ler é preciso!) pode ser encarada como o mais original dos romances. Se com um traço de humor, e uma pitada de ironia, melhor.
Muito bom!
Rita Alexandra Duarte Pereira
O autor, através de exemplos do dia-a-dia e, principalmente, através da sua própria experiência de vida, expõe motivos que fazem com que os jovens se interessem (ou não) pela leitura. O livro é de fácil leitura pois todos os capítulos estão subdivididos, em média, por 15-20 partes que ocupam entre 2 a 8 páginas cada uma. É, também, de fácil compreensão. A linguagem é muito acessível. Os exemplos escolhidos são amostras representativas da realidade, o que torna este livro ainda mais credível por parte do público. O autor aborda esta temática - a preocupação de pais e professores pela falta de interesse e gosto que os jovens manifestam pela leitura - de uma forma leve, descontraída, divertida. Não pretende acusar nem culpar ninguém. Apenas "põe as cartas na mesa" e apresenta os factos, tira conclusões e sugere possíveis soluções. Os direitos inalienáveis do leitor são uma prova dessa leveza com que o assunto é abordado. No entanto, a situação dos jovens gostarem menos de ler é preocupante e séria. A era das tecnologias tê-los-á "despertado" para o privilégio da visão e do som, fazendo-os esquecer do prazer de ler e de imaginar cada palavra lida. A originalidade de "Como um Romance" está quando o autor condimenta esta temática com uma pitada de bom humor e ironia. Pessoalmente, apreciei bastante este livro. Recomendo a sua leitura, nem que seja só para conhecer os direitos inalienáveis do leitor.
Gosto!
Ana Beatriz Lopes Antunes
Ainda estou a ler o livro mas já na reta final e só posso falar bem. É um livro que nos remete apara a importância do ler, ler fpor gosto e é este habito que devemos incutir nas nossas crianças. Como frequentadora do ultimo ano de licenciatura em Educação Básica, só posso agradecer à minha docente de Processamento da Leitura e da Escrita pela dica de lermos este livro e pela curiosidade com que nos deixou em ler o mesmo. É um livro fascinante e que nos faz pensar nas atitudes que por vezes tomamos em relação a nós próprios e às nossas crianças. Recomendo.