Céu em Fogo

Livro 1

de Mário de Sá-Carneiro
editor: Publicações Europa-América, abril de 1985
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Escritas em 1915, um ano depois de A Confissão de Lúcio, as novelas de Céu em Fogo revelam alguns dos leit-motiv caros a Sá-Carneiro: o tédio perante um quotidiano banal, e por isso insuportável, a fuga para mundos fantásticos ou quiméricos, a obsessão da morte e do suicídio como únicas soluções.

O que atrai as personagens (evidentes projecções do Autor) é o raro, o invulgar, o inesperado, o bizarro, o espantoso, o alucinatório até à loucura, mas, perante o implacável de um mundo que rejeita toda a infracção às suas normas, todas essas aspirações trazem a marca da frustração.

Na altura da publicação, Céu em Fogo gerou um ambiente de escândalo, dividindo as opiniões dos críticos. Era a época em que a gente bem-pensante olhava, com irónico desprezo, para os recém-chegados ao mundo das letras como eram, por exemplo, Mário de Sá-carneiro ou Fernando Pessoa.

Céu em Fogo

de Mário de Sá-Carneiro

Propriedade Descrição
ISBN: 9789721003866
Editor: Publicações Europa-América
Data de Lançamento: abril de 1985
Idioma: Português
Dimensões: 113 x 174 x 14 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 252
Tipo de produto: Livro
Coleção: Livros de Bolso / Série Grandes Obras
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 5601072409262
Idade Mínima Recomendada: Não aplicável

SOBRE O AUTOR

Mário de Sá-Carneiro

Poeta e ficcionista, com Fernando Pessoa e Almada Negreiros, Mário de Sá-Carneiro constitui um dos principais representantes do Modernismo português. Partindo para Paris, em 1912, para cursar Direito, estudos que abandonaria pouco depois, a figura de Mário de Sá-Carneiro assume uma importância basilar para a compreensão do modo como o Modernismo português se foi formando com caracteres próprios na recepção das correntes de vanguarda europeias, processo de que a correspondência que estabeleceu com Fernando Pessoa dá um testemunho documental precioso e que culminaria com a publicação de Orpheu, em 1915. Os poemas que edita no primeiro número de Orpheu, destinados a Indícios de Oiro, são, a este título, significativos da sua adesão às estéticas paúlica e sensacionista, que na correspondência entre os dois grandes poetas fora gerada, glosando, então, em moldes muito devedores do simbolismo-decandentismo, a abjecção de um eu em conflito com um outro, reverso da sua frustração e insatisfação ("Eu não sou eu nem o outro, / Sou qualquer coisa de intermédio: / Pilar da ponte de tédio / Que vai de mim para o Outro", "7"), ao mesmo tempo que a publicação de "Manucure", no segundo número de Orpheu , revela uma incursão por uma forma poética mais próxima da escrita da vanguarda futurista, no que contém de autonomização do significante. Já antes de Orpheu, a colaboração de Mário de Sá-Carneiro na revista Renascença (1914) - onde Fernando Pessoa publica Impressões de Crepúsculo -, com a publicação de Além (apresentado como uma tradução portuguesa de certo Petrus Ivanovitch Zagoriansky), instituíra a sua experiência poética na charneira entre a herança simbolista e as tentativas paúlicas e interseccionistas. Mário de Sá-Carneiro constitui ainda um paradigma da prosa modernista portuguesa pela publicação das narrativas Céu em Fogo e A Confissão de Lúcio, construídas frequentemente a partir do estranhamento de um narrador insolitamente introduzido em situações onde o erotismo, o onirismo, o fantástico, se associam aos temas obsessivos do desdobramento e autodestruição do eu. O seu suicídio, com 26 anos, parecendo vir selar aquele sentimento de inadaptação à vida, de permanente incompletude, de narcísico auto-aviltamento e, sobretudo, de consciência dolorosa da irremediável cisão do eu, consubstanciada na dramática tensão entre um eu, vil e prosaico, e um outro, seu duplo ideal, que alimentaram tematicamente a obra, nimbou-o para a posteridade de uma aura de poeta maldito, que deixaria um forte ascendente sobre a poesia contemporânea de gerações posteriores à sua. Com efeito, a mensagem poética do autor de Indícios de Oiro ecoa postumamente na literatura presencista da geração de 50 e até surrealista, passando por nomes absolutamente diversos como Sebastião da Gama, Mário de Cesariny ou Alexandre O'Neill, entre muitos outros.

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