Assassino Sem Rosto
de Henning Mankell
Los Angeles Times
5 horas da manhã na gelada província de Scania, no sul da Suécia. O Inverno, ventoso e agreste, parece ter imobilizado toda a paisagem com o seu sopro glacial, enquanto algures, numa quinta isolada da região, acaba de ser cometido um dos crimes mais hediondos de que o país terá memória. Um agricultor idoso foi brutalmente assassinado e jaz sem vida junto a sua mulher, Maria, que agoniza lentamente, torturada pelo sádico garrote que quase lhe impossibilita a respiração. "Estrangeiro" é a última palavra sussurrada por Maria pouco antes de morrer e torna-se, praticamente, a única pista de que Kurt Wallander, oficial da polícia de Ystad, dispõe para dar início às investigações daquele duplo homicídio. Entretanto, a vida pessoal deste detective de polícia desmorona-se: a mulher abandona-o, a filha recusa-se a falar com ele, e nem mesmo o seu pai consegue tolerar a sua presença. O assassínio brutal do casal de idosos desvia acaba por funcionar como uma fuga de todo o seu drama pessoal. Quando se torna do domínio público que os criminosos são, muito possivelmente, de nacionalidade estrangeira, uma onda de violência xenófoba ergue-se como o maior entrave ao trabalho policial, deixando atrás de si um rasto de impiedade e morte. O Assassíno Sem Rosto é o primeiro título de uma obra literária de excepcional qualidade que fez de Henning Mankell um verdadeiro autor de culto.
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789722327152 |
Editor: | Editorial Presença |
Data de Lançamento: | abril de 2001 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 150 x 231 x 12 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 256 |
Tipo de produto: | Livro |
Coleção: | O Fio da Navalha |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Policial e Thriller |
EAN: | 9789722327152 |
Idade Mínima Recomendada: | Não aplicável |
A primeira aventura de Wallander
Bruno Alexandre Santos Silva
Confesso um certo receio antes de comprar este livro, visto ser a estreia de um escritor desconhecido, e o cenário ser na Suécia (não me recordo de ter lido romance algum passado nesse país). No entanto, fiquei agradavelmente surpreendido. Ao contrário de muitos romances policiais, aqui temos a perspectiva da pessoa (embora seja usada a 3º pessoa na narrativa), e não do polícia. Ou seja, seguimos cada pensamento, cada movimento de Kurt Wallander, compreendemos porque e como aje. As provas e as pistas dos crimes surgem-nos como surgem ao detective, e o nosso raciocinio acompanha o dele. Para além disso, existe uma certa profundidade nas personagens (não a melhor, no entanto), e o suspense é bem conseguido durante a obra (mais nuns momentos do que em outros). O desfecho é inesperado e invulgar, pois toda a investigação dá uma volta de 180 graus, e tudo o que estava a ser considerado como prova desaparece para uma única e simples possibilidade inesperada. O racismo e a xenofobia são também tratados no livro, assim como o amor perdido, a solidão, a degradação e a redenção. Dramas familiares, acção, mistério, suspense, crime... Um livro bastante completo. Aconselho a sua leitura vivamente !