Amo de Ti
Sobre
o LivroEste Volume XII integra as poesias que o júri considerou como mais genuinamente poéticas, de entre as quase sete mil e quinhentas recebidas para o 4º Concurso que terminou em 2003. E tal como já aconteceu nos Concursos anteriores, o principal critério que foi seguido foi o de «não seguir critério nenhum, objetivo e verificável, de exegese poética». Com efeito, este tipo de critérios, muito utilizados pela linguística científica, nada têm que ver com a dinâmica da poética e com o entrelaçamento errático-anárquico das formas naturais.
Não tivemos em conta nenhum «perfil» de poeta e de ressonância ao surto criador de cada poema dando relevância maior à sua «oralidade». E «sentimos» a poesia por dentro da poesia, até onde a nossa própria apetência e «espanto» poéticos nos permitiram chegar. A escolha realizada não é absoluta, nem o pretende ser. Apenas podemos garantir que nos sentimos orgulhosos e recompensados, perante tantas centenas de poesias que, de formas tão diversificadas, são manifestação límpida e «flagrante» daquele fogo e chama que vai dando pelo nome de «fogo sagrado da poesia».
Todavia, a maior satisfação foi a de constatar que os sacerdotes desse fogo podem ser todos, e qualquer um de nós, em qualquer momento da existência. A demonstrá-lo está o presente Cancioneiro.