Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789896441548 |
Editor: | Temas e Debates |
Data de Lançamento: | julho de 2011 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 150 x 233 x 27 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 480 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Ciências Sociais e Humanas > Filosofia |
EAN: | 9789896441548 |
Análise indispensável do lugar em que o amor ocupa na pós-modernidade
Caetano de Miranda
Luc Ferry se pergunta como uma sociedade capitalista e materialista abriu mão do apego à religião, valores e ética consegue manter fidelidade ao amor e a espiritualidade. O autor discute como o amor se tornou algo poderoso e sagrado. Ele aborda como o amor mãe/filho evoluiu com o tempo. É um amor que hoje em dia é sacralizado, o filho ocupa um espaço central na estrutura familiar e é idolatrado. Porém, na idade média, a criança era uma ferramenta de trabalho que deveria dar lucro, e a sua morte não era lamentada como hoje. Além disso, o amor romântico recebe destaque na modernidade quando começaram os casamentos por amor, deixando de lado os casamentos arranjados que serviam para unir famílias - no sentido de classe social - relacionado ao status social e financeiro. O casamento e o amor eram coisas distintas e se tornaram hoje em dia algo sagrado, onde ninguém pode determinar quem você pode amar. Esse conceito de "sagrado" que o autor utiliza é no sentido totalmente laico, pois a sociedade europeia se torna descrente dos valores religiosos e ideológicos.O autor tem como base de reflexão social o humanismo do Iluminismo, onde o homem toma lugar de centro do universo e começa a contestar seus valores morais e religiosos. Ainda, para entender a posição do homem na sociedade moderna e pós-moderna, bebe da fonte do existencialismo de Nietzsche, Sartre e Heidegger pra discutir o indivíduo como ser pensante, livre e responsável pelo seu próprio destino.
Uma visão otimista do futuro
abiblioterapeuta.com
Possam as nossas crianças ser educadas e ensinadas no espírito desta filosofia do amor, desta espiritualidade laica, dos seus valores, da sua ética e talvez no futuro deixemos de ter gestores, economistas, políticos, engenheiros, patrões, enfim, supostos líderes das mais variadas proveniências formativas tão pouco humanizados como os de hoje. Como refere Fernando Savater logo no terceiro parágrafo do seu livro “Ética para um jovem”, “A reflexão moral (…) é parte essencial de qualquer educação digna desse nome”.