A Ilha e os Demónios

de Carmen Laforet

editor: Cavalo de Ferro, dezembro de 2009
Autora do romance "Nada" - vencedor do Prémio Nadal
Novembro de 1938. Em vésperas da 2ªguerra mundial a Espanha encontra-se mergulhada em plena guerra civil. A adolescente Marta Camino vive em Las Palmas, nas ilhas Canárias, com o seu irmão mais velho José, a cunhada Pino, e a mãe, Teresa, meio enlouquecida, fechada num dos quartos da casa. Marta ambiciona escapar desta família e anseia por uma vida fora da ilha. A chegada dos tios, fugidos da guerra, será para Marta a oportunidade que espera para concretizar o seu sonho de uma vida preenchida por novas sensações. Descobrirá no entanto, através de traições e desilusões, uma realidade brutal, plasmada no selvagem cenário da natureza envolvente.

«A Ilha e os Demónios», publicado oito anos depois do enorme êxito de «Nada» - prémio Nadal em 1944 -, confirma o talento narrativo de Carmen Laforet, consagrando a autora como uma das mais importantes escritoras espanholas do sec.XX.

«É o melhor romance espanhol do pós-guerra.»
El País

A Ilha e os Demónios

de Carmen Laforet

ISBN: 9789896231088
Editor: Cavalo de Ferro
Ano: 2009
Idioma: Português
Dimensões: 151 x 225 x 24 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 344
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Romance
EAN: 9789896231088
e e e e E

Denise C. Rolo | Blogue Literário Ler(-te)

Denise C. Rolo

«A Ilha e os Demónios», de Carmen Laforet, conta-nos a história de Marta, adolescente que procura, um dia, abandonar a ilha onde vive e conquistar a sua liberdade. A chegada de parentes próximos traduz-se na possibilidade, cada vez mais próxima, de alcançar o almejado sonho. Será, no entanto, o confronto e a relação com os adultos, através de um cenário familiar sombrio e incerto, que Marta decide exorcizar cada um dos seus demónios partindo, pelo seu próprio pé, em busca do que sempre sonhou. Recomendo.

Carmen Laforet

Carmen Laforet nasce em Barcelona em 1921. Aos dois anos de idade desloca-se com a sua família para Las Palmas, nas Canárias, onde permanece até aos seus dezoito anos. No fim da guerra, deixa o arquipélago e regressa a Barcelona para estudar Filosofia e Letras, vivendo com a sua avó, Carmen. Já em Madrid, em Janeiro de 1944 inicia a redacção de «Nada» que termina no mês de Setembro.
O romance é publicado em 1945, vencendo nesse mesmo ano o recém-criado prémio Nadal. O reconhecimento do valor deste romance de estreia, escrito por uma jovem e desconhecida autora de vinte e três anos, é imediato e fulgurante: crítica e público rendem-se ao carácter excepcional da obra, que será considerada um verdadeiro acontecimento socio-literário que renovou a literatura espanhola do pós-guerra.
As edições sucedem-se: em Setembro a segunda, em Outubro a terceira, a quarta em Fevereiro de 1946, a quinta em Abril, ultrapassando ao longo dos anos as cinquenta edições sem que o seu impacto esmoreça nas diferentes gerações de leitores.
O enorme êxito da sua primeira obra, ao contrário do que seria de esperar, remete Carmen Laforet para um primeiro obstinado silêncio que durará seis anos (e que inaugura a sua difícil e conturbada relação com a fama e a vida mundana), após o qual publica "La isla e los demonios", que será para muitos a continuação retrospectiva da história de Andrea, a conturbada protagonista de «Nada».
Por esta altura, sofre uma profunda crise espiritual, que a fará reconciliar-se com a Igreja Católica e, nesta nova fase de militância religiosa, publica "La mujer nueva" - com a qual obtém o Prémio Nacional de Literatura e o Prémio Menorca - , e o livro de contos "La muerta" (1952). Seguem-se a colecção de novelas curtas, "La llamada" (1954) e, em 1956, a sua antologia pessoal: "Mis páginas mejores". Nesse mesmo ano renuncia à sua fé católica com o mesmo fervor com que havia abraçado em 1951.
Em 1963 publica "La insolación", a sua última obra, com a qual recupera o assunto da adolescência e dos seus ritos de passagem à idade adulta. Este ano, é marcado igualmente pelo definitivo afastamento de Carmen Laforet da vida social e cultural do país, da qual se abstém de participar, iniciando um período prolongado de viagens e de residência no estrangeiro, até ao seu regresso em 1979, quando se instala na cidade de Santander. Morre em 2004, sendo a sua obra, sobretudo o seu romance de estreia, «Nada», comemorada e assinalada com reedições críticas e económicas de tiragens elevadas.

(ver mais)
Cavalo de Ferro
16,99€ 10% CARTÃO
portes grátis
Vintage Publishing
11,58€ 10% CARTÃO
Cavalo de Ferro
18,79€ 10% CARTÃO
portes grátis
Cavalo de Ferro
22,99€ 10% CARTÃO
portes grátis