A Gestão de Recursos Humanos e o Desenvolvimento Social das Empresas

A presente reflexão tem por objecto a gestão de recursos humanos, analisada numa perspectiva contingencial. Daqui decorre uma procura de contextualização, em que a eficácia da sua actividade fica menos dependente da simples aplicação de técnicas próprias guiadas por modismos e mais da adequação entre as políticas e as situações organizacionais e envolventes concretas.

Espera-se com este posicionamento, em boa parte decorrente da experiência simultaneamente profissional e académica do autor em gestão de recursos humanos, contribuir para a síntese das preocupações centrais dos “académicos” e dos “práticos”, os quais nem sempre adoptam, conjuntamente, perspectivas a objectivos comuns.

Na diversidade destas experiências, a constante são as PESSOAS. Daí que, neste caso, se parta para a acção – concretizada na vivência que se descreve e analisa de um processo de mudança na EPAL, parcialmete com recurso a modificações relevantes na contratação colectiva – buscando o apoio da instrumentalidade das sociologias da empresa, do trabalho e das organizações, em boa parte como cautela relativamente à atracção dos racionalismos “puros” da gestão, que o mesmo é dizer, da sua consideração técnica exclusiva.