Para além de abordar a atual crise e o caso português, «A Dividadura» traça uma perspetiva histórica do conceito de dívida e do seu contexto desde a Mesopotâmia, passando pelos textos bíblicos e indo até à bancarrota portuguesa no reinado do rei D.Carlos I, no fim do século XIX, à Grande Depressão ou às renegociações de dívida que tiveram lugar na Argentina ou na Islândia.
«Portugal pagará em 2012, em juros, mais do que o efeito conjugado de todas as medidas de uma austeridade gravíssima neste ano. Nos dez anos seguintes, o compromisso de amortização da dívida, considerando apenas a hoje existente e nenhum outro empréstimo suplementar ou outra emissão de dívida, é de 134,5 biliões de euros – o que, em média, ultrapassará em muito o pagamento de 2012, chegando em alguns anos a ser o triplo. Esta dívida é impagável e não pode ser paga. Queremos por isso discutir estes factos e as propostas com os leitores. Queremos assim contribuir para a mobilização da indignação e das razões da democracia. Queremos construir a alternativas sólidas, realizáveis e consistentes. Nos tempos em que o capital se afasta da democracia, a política do socialismo é lutar por ela: a democracia responsável é a arma contra a dívidadura.»
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789722524391 |
Editor: | Bertrand Editora |
Data de Lançamento: | março de 2012 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 145 x 232 x 20 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 240 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Economia, Finanças e Contabilidade > Economia |
EAN: | 9789722524391 |
Fundamento e explicação de uma alternativa, sem contraditório
Carlos Ernesto Faria
Dividadura é de fácil leitura e com o campo ideológico do autor político bem marcado. O livro expõe as suas ideias de modo quase acrítico e as contrárias são alvo de duros reparos, objeções e juízos morais e éticos. Denuncia e explica o fardo da especulação e as engenharias financeira que esmagam o povo e apela à justiça na criação e repatição de riqueza. Tendencioso no selecionar a dívida pagável, mas fundamentam bem a não saída de Portugal do Euro. O autores não analisam os efeitos recessivos e a longo prazo da generalização das dívidas cobráveis, mas para quem gostaria de perceber ideias de uma esquerda mais libertária, eis um livro a ler.