A Descoberta do Mundo

Crónicas

de Clarice Lispector

editor: Relógio D'Água, março de 2013
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«Escrevia acerca dos filhos, dos amigos, das empregadas, da sua infância, das viagens, de tal forma que A Descoberta do Mundo, uma colectânea com os artigos que escreveu nas suas colunas, publicada postumamente, pode considerar-se quase uma autobiografia.»

Benjamin Moser, em Clarice Lispector, Uma Vida
Novidades Clarice Lispector

7 motivos para ler... Clarice Lispector

7 motivos para ler… Clarice Lispector
  Faria hoje 100 anos.

Chaya Pinkhasovna Lispector nasceu numa remota cidade da Ucrânia a 10 de dezembro de 1920 e fez do Brasil o seu país. Nome maior da literatura brasileira do século XX, é a prova de que por detrás de uma grande mulher, há sempre uma grande história.   «EU ESCREVO COMO SE FOSSE PARA SALVAR A VIDA DE ALGUÉM. PROVAVELMENTE A MINHA PRÓPRIA VIDA.» #1 Nascida na Ucrânia em 1920, com o nome de Chaya Lispector, viria a adotar o nome de Clarice aquando da chegada ao Brasil. A família, de origem judia, emigrou em direção à América em busca de melhores condições de vida. #2 As origens de Clarice, assim como os muitos anos que passou fora do Brasil acompanhando o marido diplomata, contribuíram para a autora ser vista como uma eterna estrangeira, uma figura misteriosa como a sua própria escrita. #3 A sua obra viria a afirmar-se, com os anos, como uma das mais importantes em toda a literatura brasileira do século XX, uma reflexão sobre os mistérios da existência e do mundo que continua a fascinar leitores. #4 Trabalhou durante vários anos como jornalista publicando diversas crónicas, reunidas no volume intitulado A Descoberta do Mundo e chegou mesmo a assinar, com pseudónimos, rubricas de conselhos femininos. #5 Para além dos romances, Clarice também escreveu para crianças. Estes livros, geralmente protagonizados por animais, distinguem-se pelo diálogo entre a autora e os pequenos leitores que nunca subestima. Leia-se A Vida Íntima de Laura, a história de uma galinha. #6 Benjamin Moser, autor de uma biografia da autora, destaca o seu papel especial sublinhando que «antes de Clarice Lispector, uma mulher que tivesse escrito durante toda a sua vida – e sobre essa vida – era algo de tão raro ao ponto de ser inaudito.» #7 Desde 2011, para celebrar a obra da autora, a cada dia 10 de dezembro, comemora-se «A Hora de Clarice», uma iniciativa que teve início no Brasil e se alargou, entretanto, a vários países. Wook dizem os nossos leitores?
- «A escrita de Clarice Lispector apresenta um profundo entendimento do humano e do mundo submerso que o estrutura revelando-se numa narrativa que se apropria do leitor numa dimensão quase catártica, como é o caso d' A Hora da Estrela.» Maria Simão [A propósito de A Hora da Estrela]

- «Clarice Lispector disse um dia que escrevia para salvar vidas...ou a sua própria vida. A leitura deste livro permitirá a muitas mulheres e homens salvarem-se de si próprios, assim o queiram e estejam conscientes dessa necessidade de mudança. Não é um livro fácil de entender, mas recomendo vivamente.» MHelena Horta [A propósito de Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres]

- «Uma prosa requintada que faz com que o leitor flutue na leitura, e seja muitas vezes surpreendido. Assim, a escrita de Clarice atrai e afasta, seduz e repele, num jogo intrigante, que desafia o tempo todo o leitor atento.» Mari

- «É uma voz, às vezes sussurro, outras melodia e, ainda, um grito. Uma forma de contar ímpar. A minha descoberta de Clarice Lispector começa por aqui.» Fernando Rebelo [A propósito de Todos os Contos]

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Wook lê Madalena Sá Fernandes


Madalena Sá Fernandes formou-se em Literatura e acabaria por encontrar um novo ofício nas redes sociais, tendo criado uma agência digital. Mas o que mais gosta de fazer é ler e escrever. Depois de se estrear como cronista, lança agora o seu primeiro livro, Leme. É uma obra de autoficção, a história da vida de uma rapariga que se transformou com a separação dos pais e a relação da mãe com um homem que acabaria por se revelar violento. Entre o medo e a fúria, faz por encontrar o seu espaço num ambiente familiar tenso, duro, difícil. Em Leme, traçados os limites do bem e do mal, a escrita é uma boia de salvação, uma vitória depois de tantas perdas.

A paixão que tem pelos livros corre-lhe nas veias. Estes são os livros da sua vida.
  Madalena Sá Fernandes BIOGRAFIA NOME: Madalena Sá Fernandes DATA E LOCAL DE NASCIMENTO: 14/12/93 em Lisboa WOOK FAZ?  Escreve e lê. CURIOSIDADE: Gosta de andar de skate e viveu 4 anos no Rio de Janeiro. Os seis livros da sua vida Dom Quixote Foi-me recomendado por um professor da faculdade, e li-o numa viagem de família a Espanha. Lembro-me de estar a ler o tempo todo durante essa viagem, até enquanto caminhava. Quase não tenho memórias da viagem em si, misturam-se com o livro. Há uma frase de Ortega y Gasset que diz que «o romance de cavalaria é a última ramagem do épico», e o Dom Quixote é a sátira por excelência desse género, havendo quem considere, por isso, que é também a crítica ao épico – o que é especialmente inovador numa época em que o épico era o dominante. É maravilhosamente escrito, com um imaginário que até hoje chega a nós. O que me surpreendeu foi ter-me rido alto durante várias vezes enquanto o lia. O humor de há tantos séculos ter a capacidade de me fazer rir, hoje, é incrível. QUERO LER! » Narciso e Goldmund Um livro tipicamente de Hermann Hesse, com a figura do mestre e do discípulo, e com contornos psicanalíticos fortes. Li na adolescência, reli recentemente, e acho que é um livro bonito e importante para se ler na juventude, sobre o crescimento, a procura de um lugar no mundo, a arte e a vida. Um livro sobre a busca do caminho interior, as tentações, os erros e o encontro com a própria essência. QUERO LER! » A Descoberta do Mundo A Clarice Lispector foi uma das grandes descobertas da minha vida, quando fiz 18 anos e o meu pai me ofereceu este livro. Levei-o comigo quando vivi no Brasil, e ainda hoje é um livro que consulto e que me maravilho a ler. A escrita da Clarice permitiu uma nova descoberta do mundo para mim. QUERO LER! » Berta Isla Este é um livro que me marcou, por estar a lê-lo ao mesmo tempo que a minha mãe, numa viagem de avião, e nenhuma de nós ter conseguido abandonar a leitura. Queríamos ler as duas o livro no mesmo momento, e começámos a discutir, tal era a ânsia de continuar a ler. A minha mãe, num golpe dramático e sem misericórdia, partiu o livro ao meio, deu-me uma parte e ficou a ler a outra. Calámo-nos as duas a ler. É por isso um livro que tenho dilacerado na estante partido ao meio, mas que representa a vontade de leitura e essa ligação à minha mãe. O Javier Marías é o escritor preferido das duas. QUERO LER! » O Amante Este foi um livro que me atingiu pela simplicidade. Um livro tão simples, mas tão belo. Um livro sobre o amor, sobre o impacto que tem na nossa vida, no nosso corpo. Uma memória da infância, da adolescência e do primeiro contacto de uma mulher com o amor. Um livro que desperta os sentidos, numa aura de mistério e incerteza. A leitura deste livro tocou-me profundamente, comoveu-me muito. Foi uma das autoras que mais me influenciou. Quero Ler! As ondas Um livro cheio de poesia, onde se acompanha o crescimento de seis jovens, seis narradores. Foi um livro marcante e inovador para a história da literatura, mas também para mim e para a minha história. É um livro que nem parece livro, uma experiência imersiva, onde parecemos ouvir as vozes que nos falam. Mais um livro sobre crescimento, sobre a vida, que parece que a transcende, e sempre com o mar a dar o andamento. Quero Ler! »

A Descoberta do Mundo

Crónicas

de Clarice Lispector

Propriedade Descrição
ISBN: 9789896413576
Editor: Relógio D'Água
Data de Lançamento: março de 2013
Idioma: Português
Dimensões: 153 x 231 x 39 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 696
Tipo de produto: Livro
Classificação temática: Livros em Português > Literatura > Crónicas
EAN: 9789896413576
Clarice Lispector

Clarice Lispector nasceu a 10 de dezembro de 1920 na Ucrânia, então em vias de integração na URSS. Os pais eram judeus e o seu nome de batismo Chaya Lispector.
A família fora vítima dos pogroms, particularmente intensos a partir de dezembro de 1918. Foi para fugir à devastação da guerra civil que os Lispectors emigraram para o Brasil em 1922, fixando-se primeiro em Maceió e depois no Recife.
Clarice, nome adotado no Brasil, demonstrou um precoce interesse pelas palavras. Dava nomes aos azulejos, às canetas e lápis e inventava jogos de frases para a mãe, paralisada pela doença.
No Recife, Clarice ajudava a família dando explicações de Português e Matemática, roubava rosas e rodeava-se de gatos.
Desde o início, o seu estilo de escrita foi marcado por uma linguagem intimista e uma sintaxe excêntrica. Nos contos que enviava para o Diário de Pernambuco nunca iniciava as histórias por «Era uma vez...».
Foi nessa época que Clarice leu alguns dos autores qua a iriam influenciar, como Machado de Assis e Monteiro Lobato. O Lobo das Estepes, de Hermann Hesse, e Crime e Castigo, de Dostoievski, emocionaram-na.
Em 1933 decidiu ser escritora. «Quando conscientemente, aos treze anos de idade, tomei posse da vontade de escrever - eu escrevia quando era criança, mas não tomara posse de um destino - quando tomei posse da vontade de escrever, vi-me de repente num vácuo.»
A mãe de Clarice faleceu em 1930. Cinco anos depois, a família, em dificuldades económicas, deslocou-se para o Rio de Janeiro.
Depois de ter frequentado uma escola de bairro, Clarice foi admitida na Faculdade de Direito. Era então uma rapariga de cabelos claros, com uma pronúncia estranha e uma insólita beleza.
O pai, Pedro Lispector, faleceu em 1940, de uma banal operação à vesícula. Pouco depois, Clarice iniciou a sua atividade como jornalista na Agência Nacional, onde conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por quem se apaixonou e a quem tentou em vão "salvar" da homossexualidade.
Em março de 1942, sob a influência das leituras de Espinosa, Clarice começou a escrever Perto do Coração Selvagem. O livro, publicado em 1943, agitou a literatura brasileira, marcada pelo realismo de Graciliano Ramos, Érico Veríssimo e Jorge Amado.
É então que Clarice Lispector decide casar com um colega de faculdade, Maury Gurgel Valente. Como este seguia a sua carreira diplomática, Clarice deixa o Rio por duas décadas. Separa-se das duas irmãs, afasta-se dos escritores seus amigos e dos leitores. Conhece a monotonia da vida diplomática, primeiro em Nápoles, depois em Berna e Washington.
Clarice teve dois filhos nesse período de afastamento do Brasil. Foi para eles que escreveu livros como A Vída Íntima de Laura e A Mulher Que Matou os Peixes.
Em 1959, separa-se de Maury para poder regressar ao Rio. Continua «luminosa e inacessível» e conhece dificuldades financeiras, apesar de se ter tornado, depois de Laços de Família (1960), A Maçã no Escuro (1961) e A Paixão Segundo G. H. (1964), uma escritora de culto.
A fama chega-lhe através das crónicas do Jornal do Brasil. Mas esse é também um tempo de tragédia. Sofre graves queimaduras num incêndio do seu apartamento e a esquizofrenia do filho mais velho agrava-se.
«Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida», diz em Um Sopro de Vida, a sua última obra.
Dá a sua última entrevista para a televisão em fevereiro de 1977, já gravemente doente. Morre em dezembro desse ano na sua cidade, o Rio de Janeiro.

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