A Cortesã
de Sarah Dunant; Tradução: Maria Emília Ferros Moura
Para a cortesã, o regresso à terra natal está repleto de memórias. Mas a sua nova realidade impõe medidas drásticas: ela tem de encontrar rapidamente o seu lugar na cidade. Mesmo que tenha de o fazer contra tudo e todos. Da misteriosa curandeira cega La Draga ao pintor Ticiano; do turco fascinado por Bucino aos homens que a rodeiam, cegos pela paixão e o ciúme; do criado desleal ao poeta Aretino, todos estes personagens, reais ou ficcionais, fazem parte das suas atribulações. E quando baixa a guarda, Fiammetta vai enfrentar o maior perigo que se pode apresentar à vida de uma cortesã: o amor.
Propriedade | Descrição |
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ISBN: | 9789892327761 |
Editor: | Edições Asa |
Data de Lançamento: | julho de 2014 |
Idioma: | Português |
Dimensões: | 156 x 233 x 28 mm |
Encadernação: | Capa mole |
Páginas: | 424 |
Tipo de produto: | Livro |
Classificação temática: | Livros em Português > Literatura > Romance |
EAN: | 9789892327761 |
Uma Excelente Trilogia
Marta Alfredo
Encerrei esta trilogia com a leitura finalizada deste livro. De todos os 3 livros foi deste que menos gostei mas, ainda assim, uma grande leitura. Grande contexto histórico e detalhado pormenor sobre a história de Veneza. Este livro, para mim, não é tanto sobre a cortesã mas sobre o seu anão Bucino e as vivências de ambos no contexto do século XIV, até porque é narrado pela perspectiva dele. O final foi surpreendente e triste, confesso, mas adorei e aconselho.
Um toque de mestre
Manuela
Este romance reporta-nos ao século 16, fala-nos de três pecadores desajustados de Veneza, onde a autora por vezes nos dá uma visão quase obscena, outras comovente, mas sempre realista do mundo do pecado dessa época. Bucino um cafetão deformado, La Draga, um curandeiro e Fiametta, uma jovem cortesã/ prostituta. A nossa heroína é uma prostituta sofisticada, servindo de entretenimento aos homens mais abastados, o seu parceiro é o anão Bucino extremamente perspicaz e cheio de recursos, que está bem ciente da sua posição na vida enquanto aberração. O facto de Bucino ser anão, não o impedem de tecer observações filosóficas, azedas, irónicas, mas sempre honestas e inteligentes Conseguimos perceber que foi efetuada uma pesquisa exaustiva por parte da autora, onde as imagens, sons e cheiros de Veneza são quase reais, quase nos faz transportar para a época em referência. Neste livro Sarah Dunant introduziu humor, sabedoria sobre a sexualidade humana, e uma grande e comovente história. As descrições são tão vividas e suas personagens bem desenvolvidas que nos facilita e permite movimentar dentro da sociedade enganosa que foi uma Itália Renascentista. Uma sociedade construída sobre crenças e regras religiosas, bem como é igualmente construída sobre a aceitação do engano, fraude e desonestidade. Onde os padres execução falsas confissões por valores monetários, os homens enganam as esposas com cortesãs e estas enganam-nos a eles com o seu próprio senso de um falso prazer. Certamente que este livro não irá dececionar com a sua narrativa inteligente, num ritmo habilidoso e um elenco inesquecível. O único ponto que poderá sobrecarregar um pouco o leitor é a quantidade de detalhes inserido.
Recomendação
Cláudia Espírito Santo
Recomendo vivamente. É impressionante como a escritora consegue remerte-nos à épóca fielmente descrita. Parece que estamos dentro dos locais e da própria trama. Especialmente para quem conhece os locais (é o meu caso) tenho de recomendar e dizer que a descrição é fidelíssima e a pesquisa histórica muito precisa. Fantástico!