A Casa Holandesa

Um livro tão fácil de ler, no qual as páginas deslizam de uma maneira surpreendente, porém, detém uma história demasiado pesada, triste, emotiva. O abandono e a falta de amor paternal, o luto, a obrigação de crescer demasiado depressa e a injustiça são alguns dos temas que este livro aborda, de forma crua e direta. Como certeza não fui a única a sentir indignação ao ler a história da Maeve e do Danny, crianças/adultos que tiveram de encarar situações dificílimas numa fase embrionária da vida. A única responsabilidade que deviam de ter, com tão tenra idade, era a de serem felizes, contudo, a única preocupação que tinham era conseguir sobreviver juntos ao abandono e à solidão. Acredito que o que os salvou foi isso mesmo, o amor incondicional de irmãos. Duvido que haja um único leitor que não se tenha sentido parte daquela pequena família durante a leitura do livro, duvido que tenham conseguido aguentar as lágrimas, duvido que não se tenham deixado surpreender pelas reviravoltas das vidas deles e que não se tenham deixado deslumbrar pela Casa. Embora a narrativa acompanhe a vida dos irmãos ao longo dos anos, com certos saltos no tempo, a Casa é a assombração que tanto mal causou à família Conroy, a personagem principal deste livro, a desgraça da maior parte dos seus habitantes e o local onde culmina toda a narrativa. Que livro maravilhoso! Confesso que precisei de uns bons minutos para deixar fluir algumas palavras, mas mesmo assim continuam escassas. Façam o favor de ler este livro livro, deliciem-se, com tempo e disposição!