A Caminho do Norte

Cris, que saiu jovem do nordeste brasileiro em busca de uma vida melhor. Tanto na capital do Brasil quanto em São Paulo, cedo enfrentou a discriminação social e cultural, sobrevivendo através de subempregos, tentando se aproximar de familiares e realizar os seus sonhos.
Ainda no Brasil encontrou esperanças nos braços de um turista norueguês, quase trinta anos mais velho, cujo namoro logo resultou em uma gravidez, fazendo com que a jovem deixasse o seu país para dar início a uma dura e longa jornada estrangeira.
Na Europa, Cris aprendeu a lutar por si e pelos seus filhos, quando o que pensava ser amor, mostrou-se ser um inimigo.
Dotada de coragem e ousadia, provou para as leis norueguesas do que era capaz, sempre brigando judicialmente com os ex maridos e tentando criar os seus filhos, sentindo o preço de viver longe do seu país e sem qualquer apoio. Cris entendeu que o maior oceano que a separava da felicidade não estava entre ela a sua terra natal, mas sim entre a imensidão de medo, insegurança, injustiça e maus tratos que a Noruega lhe deu. Com o desespero de uma mãe que foi privada dos seus filhos, ela tomou uma decisão radical, voltando ao Brasil, sem suspeitar que algo pior a aguardava.
Seu caso teve repercussão na imprensa nacional e estrangeira, chocando a todos por envolver principalmente criminosos e autoridades de facções internacionais e locais. Agora, após longo e temeroso silêncio, ela finalmente resolve relatar todo o seu drama ao mundo, de forma verdadeira e expondo suas provas, entre os diferentes universos de leis, máfias, culturas, amores e desamores, revelando tudo o que viveu, sobreviveu e aprendeu na estrada que trilhou pela Noruega, conhecida como o Caminho do Norte.