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Margarida Sorribas
Margarida Sorribas nasceu num monte alentejano, nos arredores de Vendas Novas. A sua primeira infância foi vivida aí e os seus sonhos de menina repartidos com os pássaros, as borboletas e os bichos do chão e mais com as roseiras bravas, as amoras silvestres e as ervilhas de cheiro. Desde cedo se sentiu atraída pela leitura. A partir da adolescência tomou contacto com os principais escritores portugueses. A poesia conquistou-a desde muito cedo, principalmente por intermédio de Florbela Espanca, de quem se sentia próxima e ainda sente. Sempre escreveu. Não se lembre desde quando mas, em geral, os escritos desse tempo perdiam-se no vento ou na chuva, escorriam com as águas da ribeira de Canha, ou desmaiavam ao sol dos meios dias alentejanos. Alguns resistiram e a eles se juntaram outros e outros. Despretensiosos. Gritos de alma e satisfações interiores, mais do que coisas para alguém ler. De entre dez e quinze anos a esta parte o gosto da escrita acentuou-se ainda mais e o da leitura também, sempre com pseudónimo da poesia e dos poetas. Foram surgindo mais escritos, mais elaborados, que os amigos foram lendo e de que foram gostando. Vencidas as resistências da timidez, sucederam-se as participações com a presença de importantes figuras do nosso meio artístico e cultural. A sua poesia está hoje representada em diversas antologias.