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Black Sabbath
O álbum de estreia da banda, Black Sabbath, lançado em 1970, é considerado por muitos como o primeiro álbum de heavy metal da história. O lançamento do álbum foi uma revelação para o mundo da música, introduzindo um som que era radicalmente diferente do rock mais suave e psicodélico que dominava as paradas na época. A faixa-título, "Black Sabbath", com o seu riff icónico em três notas, introduziu o que viria a ser a essência do metal: escuridão, intensidade e uma sensação de poder quase opressivo. A letra da canção, inspirada por uma experiência pessoal assustadora de Butler, envolvia temas de ocultismo e medo, definindo o tom para grande parte do trabalho subsequente da banda.
Os anos seguintes viram a banda lançar uma série de álbuns que continuaram a explorar e expandir o som que haviam criado. Master of Reality (1971) introduziu o som mais pesado e afundado, graças ao uso de afinação mais baixa por Tony Iommi, que se tornou uma assinatura do som do metal. Este álbum incluiu faixas como "Children of the Grave" e "Sweet Leaf", sendo esta última uma ode ao uso de cannabis, que refletia a atitude contracultural da banda. Vol. 4 (1972) e Sabbath Bloody Sabbath (1973) seguiram, ambos explorando uma mistura de peso, melodia e complexidade lírica que influenciou não apenas o heavy metal, mas também o rock em geral.
No entanto, o sucesso da banda foi acompanhado por dificuldades internas, especialmente relacionadas com o uso de drogas e o aumento das tensões entre os membros da banda. Em 1979, essas tensões culminaram na saída de Ozzy Osbourne, que foi substituído por Ronnie James Dio, ex-vocalista do Rainbow. Com Dio, a banda lançou Heaven and Hell (1980), que marcou uma nova era para Black Sabbath. Este álbum mostrou uma evolução no som da banda, com uma abordagem mais melódica e épica, mantendo ainda o peso que os caracterizava. "Heaven and Hell" e "Neon Knights" tornaram-se hinos da nova era da banda, e o álbum foi amplamente aclamado tanto pelos críticos quanto pelos fãs.
Os anos 80 foram um período de mudanças constantes na formação da banda, com várias entradas e saídas de membros. Apesar disso, a banda continuou a lançar álbuns e a fazer turnês, embora com menos impacto do que nos anos 70. Durante esse período, Tony Iommi manteve-se como o único membro constante, guiando a banda através de diferentes fases e estilos musicais.
Nos anos 90, houve uma série de reuniões e projetos paralelos, culminando no regresso da formação original em 1997, com o álbum ao vivo Reunion. Esta reunião reavivou o interesse pela banda e levou a uma série de turnês bem-sucedidas. Em 2013, a banda lançou 13, o primeiro álbum de estúdio com Ozzy Osbourne nos vocais desde 1978. O álbum foi bem recebido, alcançando o primeiro lugar nas tabelas de vários países, incluindo o Reino Unido e os Estados Unidos, e provando que a banda ainda tinha relevância e poder de atração.
Em 2017, Black Sabbath encerrou oficialmente as suas atividades com a turnê de despedida "The End", que culminou com um concerto final na sua cidade natal, Birmingham. Embora a banda tenha se separado, o legado de Black Sabbath continua a influenciar bandas e músicos em todo o mundo. Eles são frequentemente citados como a maior e mais influente banda de heavy metal de todos os tempos, e a sua música continua a ser um pilar do género.
O impacto cultural de Black Sabbath vai além da música; eles ajudaram a moldar a imagem e a estética do heavy metal, desde o som até ao visual e às temáticas exploradas. A sua influência é sentida em praticamente todas as vertentes do metal e em muitos outros géneros de música pesada e alternativa.
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